"Tem um garoto que é tão bom quanto Eder Jofre. Tem as mesmas características. Sabe aplicar todos os golpes. É raçudo. Bom demais. Vai ser campeão mundial logo." Este comentário foi feito pelo seu Wilson Baldini, meu pai, em 1971.
No mesmo dia, seu Wilson conversou com o seu Nello Della Nina, meu avô materno, sobre a primeira luta entre Muhammad Ali e Joe Frazier.
A admiração do meu pai por Servilio de Oliveira não era única. Todo mundo que gostava de boxe sabia do potencial do peso mosca, que em 1968 conquistara a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do México.
Um acidente que o deixou cego de um olho o impediu de chegar à conquista do título mundial profissional. Mas isso não diminui em absoluto a lenda criada sobre o nome de "Servilio de Oliveira".
Aos 70 anos, demonstrou a mesma garra apresentada em cima do ringue para se formar advogado. Pai exemplar, um campeão também fora dos ringues.
Parabéns, Servilio! Vida longa.