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Um dos melhores, Roy Jones foi roubado, desclassificado, jogou basquete e é amigo de Putin

Rival de Mike Tyson neste sábado, em Los Angeles, já foi campeão mundial dos pesos pesados e também lutou três vezes com 'adversário' de Rocky Balboa

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Por Wilson Baldini Jr
Atualização:
 

 

Um dos boxeadores mais técnicos da história do boxe, Roy Jones Jr não teve sua carreira destacada apenas pelas conquistas dos cinturões mundiais entre os pesos médios, supermédios, meio-pesados e pesados. O adversário de Mike Tyson na exibição deste sábado, em Los Angeles, reuniu uma série de momentos curiosos em mais de três décadas na nobre arte.

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Em 1988, na decisão da medalha de ouro olímpica, em Seul, Coreia do Sul, Jones foi 'roubado' ao ver os jurados apontarem o coreano Si-Hun Park como vencedor por 3 a 2. Na contagem dos golpes após os três rounds, o americano somou 86 contra 32 do asiático, que, constrangido após o resultado, chegou a levantar o braço de Jones.

Em 2008, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu a Jones uma medalha de ouro, que não foi aceita. "Vinte anos depois ela nada vale para mim."

Como profissional, em 1996, Jones, um fã de basquete, jogou à tarde pelo time de Jacksonville e à noite foi enfrentar Erik Lucas e venceu após 12 assaltos, mantendo o cinturão dos supermédios da FIB. O amor pelo esporte da bola laranja passou para o filho Roy Jones III, que se tornou um grande jogador universitário.

Para alguns críticos, esta e outras atitudes de Jones colaboraram para que seu físico ficasse deteriorado no fim de carreira. O pugilista também ganhou muito peso durante os anos, ao se sagrar campeão dos médios (72 quilos), supermédios, meio-pesados e pesos pesados (90 quilos).

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Alguns estudiosos afirmam que Jones pagou um preço muito caro por exigir demais de sua parte física, ao subir até os pesos pesados e depois retornar para os meio-pesados, o que lhe valeram algumas derrotas inesperadas.

Jones se manteve invicto nas 34 primeiras lutas e foi ser derrotado por Montell Griffin, por desclassificação, após atingir o adversário ajoelhado, em 1997. Na revanche, no mesmo ano, venceu por nocaute após apenas 2min31 de luta.

Mas o fato mais inusitado ocorreu em 2015, ao conseguir a cidadania russa para a abertura de academias de boxe em Moscou e outras localidades. A atitude valeu uma entrevista pessoalmente com o presidente Vladimir Putin. O projeto nunca foi em frente.

Jones também sempre reservou momentos interessantes ao se dirigir para o ringue, cantando rappers de sua autoria, quando muitas vezes vestiu smoking. Resta saber como ele vai se apresentar para a exibição com Mike Tyson, que terá a transmissão ao vivo do Canal Combate e de VT na TV Globo.

 

Já na parte final de sua carreira, em 2003, 2004 e 2005 teve três grandes duelos com Antonio Tarver, um dos protagonistas do sexto filme da saga Rocky. Jones venceu uma luta e perdeu duas.

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