Dois pesos e duas medidas. O tratamento dado aos casos de doping sempre é obscuro. Desde a época de Ben Johnson. Saúl Canelo Álvarez foi flagrado ao usar clenbuterol, uma substância que ajuda a 'queimar' gordura no início do ano. Na época, o mexicano estava prestes a lutar pela segunda vez com Gennady Golovkin.
Canelo disse que teria ingerido a substância ao comer carne contaminada, pois no México se usa clenbuterol para engordar o gado. Com a ajuda do Conselho Mundial de Boxe, a Comissão Atlética de Nevada suspendeu o atleta por seis meses. Em setembro, o pugilista venceu GGG e em seguida assinou um contrato de US$ 365 milhões para as próximas 11 lutas que fará em cinco anos.
A mesma 'consideração' não teve a Agência Antidoping do Reino Unido (UKAD), que puniu o velocista Nigel Levine, de 29 anos, campeão europeu,, com quatro anos de suspensão.
Levine chegou a argumentar que teria tomado clenbuterol por intermédio de suplementos adulterados, mas acabou aceitando a punição.
Alguma coisa está errada.