A última imagem é ilusória e não retrata exatamente o que foi o ano.
A conquista da Copa do Mundo foi importante principalmente no aspecto financeiro, mas é preciso ter uma boa dose de cautela e frear qualquer tipo de euforia. Os principais adversários estavam desfalcados e não valorizam a competição como o BRASIL que esteve no Japão completo.
A conclusão que se chega é que o torneio não serve como parâmetro. Pensar diferente é ilusão. Tóquio 2020 será completamente diferente.
Ficamos mais uma vez pelo caminho na milionária VNL. Jejum mantido.
Em compensação o grande objetivo da temporada seria alcançado a duras penas com a classificação para a olimpíada sendo conquistada de forma dramática contra a Bulgária num jogo em que a seleção esteve perto de levar 3 a 0, salvando a bola da partida, e saindo literalmente do buraco para vencer por 3 a 2.
Roteiro que se repetiu no Sul-Americano numa batalha de 5 sets para vencer a Argentina. Por muito pouco a hegemonia do continente não foi para o espaço.
A medalha de bronze no Pan de Lima foi reflexo da falta de planejamento da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei. Pan para ser esquecido.
O oposto Alan foi a maior revelação do ano.
A única.
Veio para ficar e não por acaso acabaria sendo eleito o MVP da Copa do Mundo. Mérito de Renan Dal Zotto que apostou na juventude e força física do jogador.
2019 foi histórico para o vôlei masculino do BRASIL que pela primeira vez viu um atleta naturalizado vestir a camisa da seleção, caso de Leal. Jogador que pela categoria, técnica e explosão, passa a ser imprescindível ao esquema de Renan, ainda que a presença dele em quadra junto com Lucarelli mude a maneira do BRASIL atuar taticamente.
O grupo que estará em Tóquio está quase fechado. 80% definido. Indefinição apenas em relação ao segundo levantador, terceiro central e quarto ponteiro.