Nenhuma jogadora da seleção brasileira sentiu mais a derrota para a Rússia do que Dani Lins.
A levantadora estava arrasada após a partida.
'Sei que não joguei bem e que poderia ter rendido mais. Sei que fui uma das responsáveis pelo derrota. Não fiz o jogo correto, não li como deveria o lado delas e minhas companheiras ficaram em dificuldades para colocar a bola no chão'.
Campeã olímpica e nome certo para os jogos do Rio em 2016, Dani é hoje intocável na seleção. Titular absoluta e fundamental no processo de renovação interno.
Dani admite que as vezes passa dos limites:
'Sempre fui assim. Me cobro muito, as vezes sei que exagero mas não consigo mudar. Vem de dentro de mim. Converso muito com o Sidão (marido) após os jogos porque ele é central e quero sempre deixar as meninas não melhores condições de rodar. Falando com ele me ajuda porque me passa a sensação do que elas sentiram'.
Dani cresceu.
Amadureceu.
Não faz questão de aparecer, é simples no tratamento e não se deixa iludir por conquistas do passado. Olha sempre para frente.
'Assumo mesmo a responsabilidade pela derrota. Eu fui mal. Não adianta ficar tentando buscar desculpas na arbitragem, no bom jogo delas, que de fato aconteceu, na Goncharova, enfim, a levantadora é o cérebro do time e todas as bolas passam pelas minhas mãos, ou seja, cabe a mim escolher as melhores opções. Contra a Rússia não fiz isso'.
Dani Lins surpreende. É diferente. É a mesma ganhando ou perdendo.
A grandiosidade do atleta muitas vezes se conhece na derrota.
Dani Lins foi sublime.