Bruno Voloch
15 de março de 2016 | 09h07
Vento que venta lá, venta cá.
O Sesi sentiu na pele exatamente o que o Praia passou na primeira partida em Uberlândia.
A postura agressiva do time mineiro desde o início do jogo deixava claro que a história seria bem diferente. As jogadoras encaravam a partida como uma autêntica decisão. Não haveria uma nova oportunidade. Não mesmo.
O Sesi não. A possibilidade de matar a série não mexeu como deveria com as jogadoras.
Erro fatal.
Venceu quem foi mais efetivo. Venceu quem teve mais vontade.
Aliás, não foi o Sesi. Seria difícil para qualquer adversário bater o Praia que viveu uma noite inspirada.
O time, finalmente, fez jus ao segundo lugar na fase de classificação e jogou como grande.
Alix chamou a responsabilidade e foi fundamental na vitória por 3 a 1. A norte-americana marcou 25 pontos, um set inteiro e deu um show de bloqueio no quarto set. É bem verdade que Alix contou com a generosidade das levantadoras do Sesi que facilitaram e muito as coisas na rede.
O Praia teve ainda com a mão calibrada da levantadora Claudinha e o entrosamento perfeito com a incansável Walewska.
O Sesi lutou e só entregou os pontos mesmo na metade do quarto set quando viu que a derrota seria inevitável.
As atacantes, que brilharam em Uberlândia, deixaram a desejar. Jaqueline, que nem no passe escapou, e Dayse, improvisada, ficaram devendo. Ellen foi a menos ruim.
Fato é que diante do que já aprontaram na Superliga até agora não é definitivo o que se viu na Vila Leopoldina.
Sesi e Praia apenas inverteram os papéis e precisarão provar quem é menos inconstante e mais confiável na terceira partida.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.