Essa é a pergunta que todo torcedor do Rio faz após o 'Massacre em Uberlândia', como está sendo chamado o dia em que o Praia goleou o Rio por 4 a 0 ganhando no tempo normal e no golden set.
É incompreensível que tenha faltado ao exigente e vitorioso treinador entender que se tratava de um novo jogo. Logo ele, tão experiente e que já vivenciou tantas situações adversas.
Aliás, esse parece ser o ponto crucial da discussão.
Bernardinho se agarrou a tradição do Rio. Só que foi pouco para conter a fúria do Praia. Ficou claro que a comissão técnica, com a conhecida soberba insofismável, jamais imaginou que o Praia pudesse sair do buraco.
Vencer por 4 a 0 então seria uma tragédia. E foi.
No caso do Rio foi uma tragédia.
Um indício de que a coisa seria diferente foi o fato da costumeira pressão do lado de fora da quadra não surtir o tradicional efeito. A arbitragem, que errou no golden set, verdade seja dita, não cedeu e se manteve firme, algo raríssimo em se tratando de jogos envolvendo Bernardinho.
Talvez se tivesse recolhido as principais jogadoras na metade do terceiro set a história tivesse sido diferente. Talvez. Uma esperança que dando uma respirada, algumas delas pudessem comparecer no golden set.
Deixá-las em quadra era a senha que o Praia precisava para passar o carro por cima. E passou.
A impressão que ficou em Uberlândia é que se disputassem 10 sets o Praia venceria todos.