O gaúcho Fernando Gil Kreling, o Cachopa, admite que terá o maior desafio da carreira na temporada que está começando.
Aos 22 anos, o levantador irá assumir a condição de titular do Cruzeiro, atual hexacampeão brasileiro. E não será fácil. Cachopa porém demonstra incrível personalidade e esbanja confiança na conversa que teve com o blog.
Nem mesmo as saídas de Leal e Simon, segundo ele, tiram a força do Cruzeiro.
Ele sabe que dará um salto, será comparado aos antecessores e cobrado. Nada disso no entanto assusta Cachopa que terá a companhia do experiente Sandro que foi contratado para ser o segundo levantador.
Você encara a chance de jogar como titular no Cruzeiro como a maior oportunidade de sua carreira?
Encaro como o maior desafio e maior oportunidade sim, é um grande passo. Espero que futuramente eu tenha mais inúmeros desafios dentro do voleibol, entre seleção e clubes, porém, essa oportunidade e a responsabilidade de assumir uma equipe desse tamanho, é sem dúvidas, até o momento, a maior oportunidade da minha carreira.
Como é sair do papel de coadjuvante para o principal?
É um grande salto na minha carreira. São assumidas responsabilidades maiores, cobranças maiores virão... Mas não é algo que me tira o sono, sei que tenho o apoio do clube, família, de torcedores, dos meus amigos e companheiros. Penso que com trabalho duro, bons frutos vão ser colhidos.
Você está preparado para as inevitáveis comparações?
Estou. No meu pensamento, cada jogador é um, único. Mas já estou preparado e ciente de possíveis comparações com outros jogadores, é inevitável.
Quais os ensinamentos que levou do convívio com William e Uriarte ?
Passei cerca de 3 anos treinando com o William e 1 treinando com o Nico. São atletas distintos, mas ambos com inúmeras qualidades. William fazia, literalmente, magia, em praticamente todo treinamento. Em jogos, sem comentários. Faz o voleibol parecer fácil, é um líder incrível. Nico é um levantador muito técnico, inteligente, que tem controle e executa muito bem todos os fundamentos. Tem um físico acima da média entre os levantadores, e é nítido. Foram anos de muito aprendizado, com ambos. Tentei extrair o máximo de coisas boas dos dois.
Muita gente diz que sem Leal o Cruzeiro não será o mesmo. E você ?
Eu digo que o Cruzeiro é o mesmo. A metodologia, o pensamento vencedor, o trabalho que é feito, enfim... São valores que estão no Cruzeiro e que fazem a diferença. Lógico que se perde muito com a saída de um jogador do nível do Leal. Creio, inclusive, que o Leal não é mais o mesmo depois da sua passagem pelo Cruzeiro. Com certeza ele aprendeu muita coisa por aqui, e o Cruzeiro aprendeu muito com ele também.