A comissão técnica priorizou a Liga Mundial.
100% de dedicação ao evento-teste para a Olimpíada e mais uma chance de quebrar o longo jejum de títulos dentro de casa.
Sem Bernardinho suspenso, Rubinho comandou a seleção na maior parte da primeira fase.
O técnico voltou faltando dois jogos para o fim da fase de classificação, perdeu uma das partidas para a Itália e depois cortou Vissoto e Rapha.
O Pan já tinha sido deixado em segundo plano.
Com Riad e Wallace 'quebrados', a comissão se viu obrigada a chamar Vissoto de volta.
Quis o destino que enquanto a seleção B ganhava fácil da Colômbia, a seleção A era eliminada da Liga Mundial.
Sem alternativas e já em casa, Bernardinho assistiu pela televisão as finais da Liga Mundial e de quebra viu a seleção B cair para Cuba em Toronto, no Canadá, pelo Pan.
O quadro é preocupante.
Quem dirige o time no Pan é Maurício Motta Paes, profissional que passa período de testes na seleção atendendo convite de Bernardinho.
Não se discute a capacidade de Paes, desconhecido do grande público e que pode até ser o novo Pep Guardiola do vôlei, mas sim os critérios usados para a escolha e aceitos passivamente pela CBV.
A entidade se cala. Pior. Não cobra. Se omite.
A CBV tem Renan, Paulo Marcio e Rizola na diretoria de seleções e ninguém opina ?
Ser amigo do técnico, como o próprio Mauricio Motta Paes se entitula, é credencial para assumir uma seleção no Pan-Americano ?
Estamos falando do BRASIL.
O país sempre teve inúmeros treinadores vitoriosos na base como Marcos Lerbach, Percy Oncken entre tantos outros.
Hoje essa conexão com a base é altamente questionada.
Com ou sem Rubinho no Pan, com ou sem Bernardinho por trás, com ou sem 'Pep Guardiola' no banco, a seleção B dificilmente irá manter a hegemonia.
A realidade, por mais que a CBV seja conivente, é que enquanto a França vira realidade, a Polônia saboreia o título mundial, a Rússia muda a comissão técnica, a Itália traz Juantonera, e Sérvia e Estados Unidos se renovam, o BRASIL assiste e para no tempo.