A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, pagou caro o preço de ser conivente. Perdeu moral e a Superliga, principal competição do país, credibilidade.
O lamentável episódio envolvendo Anésio Leão poderia ter sido evitado se a entidade e os responsáveis pelo campeonato e a arbitragem tivessem agido com rigor e apurado os fatos sem a prepotência habitual.
Mas não. A CBV deixou correr frouxo e agora se vê obrigada a agir.
Não foi uma, nem duas vezes. Árbitros despreparados, sem autoridade e agora sob suspeita prejudicaram várias equipes ao longo da competição com erros primários.
Infelizmente a Superliga está manchada.
O afastamento de Anésio Leão era óbvio. Tinha que sobrar para alguém. A bomba sempre estoura do lado mais fraco.
Isso não exime de forma alguma a irresponsabilidade do árbitro. Não conheço o rapaz e não seria leviano de julgá-lo apenas baseado em cima de imagens. Certo porém é que Anésio foi no mínimo inconsequente e deixou transparecer sim que vibrou com a vitória do Rio.
Vi que o rapaz andou se defendendo através das redes sociais e digo logo que a justificativa para a comemoração não cola. Anésio se saiu bem com a versão de que apenas estava comemorando a boa atuação na partida. Convenhamos ele poderia ter sido mais discreto. Primeiro dar um tempo, ou seja, não 'comemorar' assim que o Rio fez o ponto de bloqueio. Segundo, que se quisesse mesmo brindar a atuação sem erro dos companheiros, o que não aconteceu, diga-se de passagem, que fizesse no vestiário.
Anésio não é vítima. A CBV apenas se aproveitou da situação para desviar o foco. A entidade, repito, é a grande responsável por todo esse estrago dos árbitros.
Todos, sem exceção, estão sem moral. São covardes. Falta atitude. Bernardinho, não é de hoje, pinta e borda dirigindo o Rio. A FIVB, Federação Internacional de Vôlei, freou o técnico que voltou 'pianinho' após a suspensão.
Aqui não.
O máximo que Rogério Espicalsky fez na segunda partida foi dar um cartão amarelo para o treinador. Chega a ser constrangedor. Falta vergonha.
Bernardinho, basta ver as imagens e fazer a leitura labial, ironiza a arbitragem com palavrões quando alguma marcação contraria os interesses do Rio. A postura dele passa pelo crivo da CBV e tem a conivência de Radamés Lattari e Renan Dal Zotto, fieis escudeiros do treinador.
Por essas e outras, sabe quando a CBV irá apurar os fatos que anunciou em nota oficial?
Nunca.
Bernardinho é apenas um exemplo, ou seja, o mais fácil de ser citado uma vez que o comportamento salta aos olhos de qualquer um. Menos da arbitragem. Cega e surda
Osasco não é santo.
Aliás, não tem santo na Superliga. Osasco apenas correu atrás dos seus direitos.
O campeonato, dependendo do resultado de segunda-feira, pode estar longe do fim.