O que se vê é uma enxurrada de críticas ao levantador, eleito o vilão da derrota do time para Campinas na estreia da Superliga. Já tinha sido assim quando o Cruzeiro perdeu o título da Supercopa para o Sesi.
É um equívoco jogar toda responsabilidade nas costas de Cachopa.
Fora as constatações óbvias, como o enfraquecimento do time sem Leal e Simon, qualquer análise nesse momento me parece precipitada. O torcedor do Cruzeiro, como qualquer outro, já percebeu nesse início de temporada que a equipe não tem a mesma força do passado.
E perder de 3 a 0 para Campinas, com o devido respeito, assusta em qualquer condição.
Só que o caminho não é esse.
A onda de pessimismo é injustificável.
O Cruzeiro vai precisar de tempo e terá que se reconstruir durante a Superliga. O francês Le Roux tem qualidades e está em processo de adaptação. Sander ainda se recupera de lesão no ombro e quando estiver pronto o time terá uma nova cara. A tendência é crescer e ganhar conjunto.
O próprio Cachopa, alvo dos torcedores, terá mais segurança e confiança.
Se o time vai chegar é outra coisa. A única certeza é que a torcida não tem direito de duvidar do Cruzeiro.