A aposta foi de Guarulhos.
Cria do Minas, o treinador aceitou o desafio, algo raro hoje em dia, e assumiu o time adulto para a disputa da Superliga. Antes passará pelo campeonato paulista.
Guilherme busca seu espaço e sai da zona de conforto conflitando com a cansada geração guarda-chuva. É mais um 'segundo' que acontece.
O blog conversou com o técnico. Ele faz questão de enaltecer a admiração por Nery Tambeiro e os ensinamentos adquiridos no Minas. Estudioso, vê com cautela o 'novo normal' para os treinador na temporada.
Você faz parte da nova geração dos treinadores brasileiros. Qual seu método de trabalho?
Tenho o Nery Tambeiro como principal referência. Acredito no refinamento técnico dos atletas, busco construir isso com treinos intensos e muitas repetições, sem perder a qualidade nas execuções.
De que maneira sua formação no Minas contribuiu para sua evolução profissional?
O Minas é um clube espetacular, além de ser assistente do Nery eu tive a felicidade de conduzir atletas muito promissores no Sub-21 e de trabalhar ao lado de profissionais gabaritados em todas as áreas e diversas modalidades. Foi uma experiência enriquecedora.
Como encara o desafio de estrear numa Superliga?
É um grande desafio. Estou muito motivado e feliz com toda gestão e estrutura de trabalho da equipe Vedacit/Vôlei Guarulhos. Todo esse suporte da confiança e força para trabalharmos forte para atingirmos nossos objetivos.
Até onde seu time pode chegar no estadual?
O campeonato Paulista é uma competição muito forte. Nesse ano todas as equipes irão participar da Superliga. Após o grande período de inatividade, enxergo que todos serão cautelosos e apresentarão crescimento durante a competição. Será uma ótima oportunidade para nos prepararmos para Superliga. Os resultados serão consequência do trabalho diário.
Como encara as mudanças no esporte e o 'novo normal' também para os técnicos?
Encaro com muita naturalidade. Nossa equipe tem o respaldo de toda equipe médica do INA (Institudo do Atleta). Seguimos todos os protocolos definidos e buscamos adaptações em relação aos treinamentos.
Recentemente Anderson, técnico de Bauru, acabou envolvido numa polêmica ao vazar no ginásio vazio criticas a uma jogadora adversária. Isso pode acontecer? Você tem se preparado para evitar possíveis desconfortos?
Sem a presença do público ficamos mais expostos, temos visto isso nos jogos de futebol. Quando estamos dentro de quadra estamos sujeitos a agir por impulso, mas acredito que todos do meio tem o entendimento. Muita coisa tem sido novidade pra mim, além de estudar muito voleibol tenho buscado novos conhecimentos em outras áreas que envolvem um técnico, uma delas é a comunicação. Tenho muito a evoluir e sei que como todos nós, também estou sujeito a cometer erros.