A filosofia da comissão técnica da seleção brasileira masculina entra definitivamente em xeque.
Os métodos, comprovados pelos últimos resultados, não são contestados de hoje. Basta voltar a fita.
A seleção parou. A sina de vice deu lugar a vexatória eliminação dentro de casa na Liga Mundial.
O BRASIL se superou. Deixou de ser vice e agora não figura nem nas semifinais.
Dessa vez não dá para culpar ninguém e nem fatores extra-quadra.
Bernardinho morreu abraçado a política, teimosia e os intocáveis. Assim acontece desde a olimpíada de Londres em 2012.
O vôlei brasileiro paga um preço caro.
A França e os Estados Unidos não podem ser culpados. O regulamento muito menos. Era só o que faltava.
O BRASIL, depois do papelão que fez no mundial de 2010, quando entregou o jogo para a Bulgária, 'dia da vergonha', não pode reclamar de rigorosamente nada. Moral zero.
O 'se' não joga, mas se a seleção não tivesse desistido do quarto set contra a França e mantido a regularidade também no quarto set contra os Estados Unidos, a diferença seria outra.
Fato é que 5 anos depois, não faltou apenas bola para a seleção.
Planejamento errado, convocações precipitadas, cortes equivocados e alguns jogadores nitidamente 'jogando' apenas com o nome.
Isso sem falar na quantidade de atletas 'estourados ' desde 2012. Sidão foi a vítima da vez. Wallace idem.
Abuso nos treinos e os jogadores sendo sugados ao extremo.
Dentro de quadra o melhor levantador não joga. Rapha foi cortado. Bruno segue intocável.
O que era visível para o mundo do vôlei só se tornou perceptível para Bernardinho no jogo contra os Estados Unidos. O técnico foi ao limite com Murilo que não pode mais ser titular da seleção. No máximo consegue entrar para passar.
Bernardinho relutou em aceitar a realidade e talvez pudesse ter preservado o próprio jogador e a seleção da eliminação vergonhosa no Rio de Janeiro se tivesse agido com profissionalismo.
Agora é tarde. O ano de 2015 acaba e a seleção segue em jejum. Não ganha mais nada.
Algo precisa ser revisto em breve.
Caso contrário o BRASIL corre sério risco de passar pela mesma situação constrangedora daqui a um ano nos jogos olímpicos.
Outro Lucarelli será complicado aparecer.
É bom ressaltar, sejamos justos, que nada apaga o passado vitorioso do treinador e de determinados jogadores. Mas é passado.
Conjugando presente, alguém precisa pagar a conta, ser cobrado e assumir a responsabilidade.
O BRASIL parou.