Se o adversário, caso do Quênia, não significava nenhuma ameaça, o caminho natural seria dar ritmo as jogadoras reservas e principalmente Sheilla, maior investimento para a Olimpíada.
Na tranquila vitória por 3 sets a 0, José Roberto Guimarães manteve praticamente a base que perdeu para a Holanda no primeiro set e depois rodou time.
Fabiana e Bia descansaram. Mara e Carol puderam brincar um pouco e sentir o gostinho da Copa do Mundo. O mesmo deveria ter acontecido com Roberta que só jogou como titular o terceiro set. Não havia a menor necessidade de usar Macris.
O caso de Sheilla é diferente.
Um set inteiro foi o ideal. Cautela nunca é demais por causa do longo período de inatividade e das jogadoras que entraram é a única que será titular em Tóquio 2020.
O revezamento entre Camila Brait e Léia chama atenção lembrando curiosamente o que aconteceu no Grand Prix de 2016. Hoje foi Camila, em ligeira desvantagem, até porque ninguém é testada contra o Quênia.
Não dá para se apegar as estatísticas em função da fragilidade e inocência das jogadoras africanas.
Quem ficou sem moral é Gabi Cândido. A tendência natural seria substituir uma das ponteiras e jogar um set que fosse. José Roberto Guimarães sabia o que estava fazendo. Gabi, quando chamada, foi mal e não virou nenhuma das 7 bolas que recebeu em dois sets.
E se não virou contra o Quênia, não irá virar contra ninguém.