O brasileiro, Ângelo Vercesi, que dirige a Croácia, trabalhou com José Roberto Guimarães na seleção brasileira e no Pesaro, da Itália.
Ângelo disse que a seleção feminina dos Estados Unidos está jogando igual time masculino:
'O Karch Kiraly é diferenciado mesmo. Conhece muito. Ele fez a seleção dele jogar como time masculino. Impressionante. É uma seleção que joga com muita velocidade, organização, disciplina tática e agressividade. Ele não tem medo de arriscar. Isso tudo sem falar na magnífica estrutura da Federação dos Estados Unidos'.
O treinador falou do que pensa ser hoje a diferença básica não só entre o BRASIL e os Estados Unidos, mas sim entre as norte-americanas e o resto do mundo:
'Hoje os Estados Unidos têm uma fábrica de jogadoras que chegam das universidades. São cerca de 200 meninas observadas a cada verão. Como não existe campeonato por lá, essas atletas acabam saindo cedo, meninas de 17, 18, 19 anos, e ganhando experiência em diferentes países do mundo. São jogadoras de muita categoria e de baixo custo para os clubes que investem'.
Ângelo elogiou e disse que José Roberto Guimarães agiu bem ao dividir o grupo e testar algumas jogadoras na atual temporada. A briga, segundo ele, está aberta e será resolvida após a Superliga:
'O Zé acertou sim. Fez o que deveria e colocou as jovens para atuar. É preciso ter esse contato mais de perto nas competições. A fórmula é renovar sem abrir mão das experientes. Conheço muito bem ele e tenho certeza que a coisa só será definida bem perto da Olimpíada. A temporada nos clubes será decisiva para muitas jogadoras. Não adianta estar bem hoje e em abril, maio do ano que vem cair de jogo. Essa jogadora certamente ficará fora'.
O treinador deixa uma dica no ar:
'Quem trabalhar com o Paulo Coco no Minas (assistente técnico da seleção) na minha opinião levará uma grande vantagem'.
Ângelo prepara a Croácia para a disputa do campeonato europeu a partir de 26 de setembro na Holanda e na Bélgica.