Não dá para dizer que Barueri x Bauru tenha sido um bom jogo, embora os envolvidos, por razões óbvias, insistam em valorizar a partida.
O jogo teve alguns raros momentos interessantes, mas no geral foi uma pelada nivelada por baixo.
Bauru venceu no tie-break, mas contou com generosidade de Barueri. Os 37 erros evidentemente pesaram no fim, ainda que Bauru tenha cometido 34.
A diferença básica é que Barueri tem um time jovem, pouco rodado e que erra mesmo acima da média, algo natural e que faz parte do processo de aprendizado da maioria das meninas.
Bauru não.
É um grupo rodado, experiente e que não consegue ser chamado de time porque não vira time. Não foi com Anderson e não será com Rubinho. Ganha aos trancos e barrancos e quando vence é pela individualidade de jogadoras como Tifanny, novamente decisiva na hora H.
Não convence.
Por isso justifica-se a irritação, talvez essa não seja a palavra mais adequada, de José Roberto Guimarães com sua equipe. Ele sabe que dava para vencer caso o time fizesse menos merda, como ele mesmo citou numa das paralisações.
Merda, nesse caso, significa só ansiedade. Falta de concentração, vontade demais e pouco raciocínio nas conclusões.
Nada que não estivesse no script quando Barueri foi montado. E ele sabe disso. Sabe também que o time vai crescer, vai amadurecer e incomodar.
José Roberto Guimarães precisará de muita paciência.
Pena que tenha deixado escapar a vitória. Mas o caminho é esse. Um resultado positivo daria mais confiança para Barueri. Que sirva de lição.