O esporte é assim. Dinâmico.
O vôlei não é diferente.
O vice-campeonato do Super 8 deixa no ar alguns questionamentos e sugere cautela ao analisar o elenco montado pelo Flamengo para a temporada.
Começando com duas constatações básicas: Drussyla não pode nunca ser a quarta opção e Valquíria não pode ser banco para Milka.
A questão de Drussyla não é física, muito menos técnica. Ela é melhor do que todas as ponteiras juntas do Flamengo, incluindo a capitã Amanda, isso desde que esteja bem de cabeça e motivada. E não parece ser o caso.
A insistência de Bernardinho com Milka é inexplicável. Intocável como Amanda. Valquíria sobra perto da atual titular, mas começa a sentir que foi para o Rio lamentavelmente fazer figuração.
Lorenne vai precisar entender que Flamengo não é Barueri, assumir a responsabilidade e aparecer nos momentos decisivos, algo que não aconteceu contra o Praia Clube.
A líbero Camila Gomez apresentou boas credencias. Início interessante.
Ana Cristina é verde. Resolve na frente e dá enorme prejuízo atrás. É cedo para dizer que trata-se de um fenômeno ou algo do gênero como muitos fantasiam. O caminho ainda é longo. Mas a comissão acerta em colocar a jogadora como titular, afinal o BRASIL já pagou um preço muito caro blindando desnecessariamente chamas promessas. Se tem potencial como aparenta no dia a dia e nos treinos, tem que jogar e o mais importante ser cobrada como qualquer outra.
Sim, cobrada aos 16 anos. Qual o problema?
Na Europa temos vários exemplos de jogadoras que passaram pela mesma situação. E a maioria vingou. Portanto sem essa de mimar demais e inventar desculpas.
A escolha em trocar o Pinheiros pelo Flamengo foi dela.