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O vôlei com conhecimento e independência

Prata no Pan pela Colômbia, Rizola admite: 'Imaginei ganhar do BRASIL. Trabalhei isso desde que vi a relação final'.

Antônio Rizola, técnico brasileiro que dirige a Colômbia, fez história no Pan de Lima.

Por Bruno Voloch
Atualização:

A seleção colombiana venceu o BRASIL pelo primeira vez e terminou a competição com a medalha de prata depois de perder a final para a República Dominicana. Rizola trabalhou durante mais de uma década nas divisões de base do BRASIL ganhando inúmeros títulos. Foi dispensado pela atual gestão da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.

O BRASIL amargou recentemente a sexta colocação no mundial sub-20.

 

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Rizola assumiu a Colômbia há 2 anos. País sem a menor tradição no esporte. Evolução rápida que colocou as colombianas em igualdade com Argentina e Peru. Prestigiado, se diz atualizado e com a 'cabeça em cima do pescoço'.

O técnico conversou com o blog. Rizola falou da emoção da vitória contra o BRASIL, da confiança no trabalho e do sonho de chegar aos jogos de Tóquio em 2020. O treinador disse que não guarda mágoa da CBV, mas deixa claro que deu resultados quando comandou as divisões de base.

Rizola preferiu não comentar o atual estágio da seleção brasileira.

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A vitória contra o Brasil foi o resultado mais importante da história do vôlei da Colômbia?

Com certeza. Até os dois a zero elas não acreditavam que seria possível vencer. Eu trabalhei isso desde que vi a relação final do BRASIL. Disse que teríamos que ser 120 % de nós neste momento. Aí poderíamos ter uma chance. A diferença entre experiência do BRASIL contra qualquer seleção e a Colômbia é muito grande. Precisava tudo sair bem. A nossa parte, menos para o BRASIL.

Como os dirigentes e as jogadoras reagiram após o jogo e depois com a conquista da medalha de prata?

Alegria muito grande e principalmente o reconhecimento pelo trabalho. Elas passam a confiar mais ainda na metodologia e princípios que estou aplicando aqui.

 

Você imaginou que um dia a Colômbia poderia derrotar o Brasil?

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Claro que imaginei. Sou um sonhador, trabalhador e vou atrás dos meus sonhos. A cabeça continua em cima do pescoço. Temos que ter consciência que aproveitamos o momento e que mesmo diante de dificuldades fomos capazes de vencer.

Essa vitória serve como resposta para aqueles que dispensaram e não valorizaram seu trabalho nas divisões de base do Brasil?

Não, serve somente para confirmar que estou atualizado e continuo trabalhando como sempre trabalhei.

 

Você tem mágoa da maneira como saiu da CBV?

Creio que fiz alguma coisa para o voleibol brasileiro. Esta satisfação ninguém pode me tirar. Nunca cultivo mágoas. Creio que tudo tem uma razão. Não entendemos agora, mas o tempo é o senhor.

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Até onde essa Colômbia pode chegar?

Falta muito. Trabalhei e trabalho estas jogadoras tecnicamente. Mudamos os conceitos de preparação física com prevenção e força explosiva. Elas estudam as equipes e não recebem mastigadas edições para que entendam do jogo e finalmente o trabalho para que elas tenham confiança no que fazem e lutem sempre. Isto é um processo de gestão de grupo. Posso dizer onde queremos chegar que seria na olimpíada de Paris. Se no meio aparecer Tóquio vamos antecipar o processo e será espetacular. O grupo tem média de idade de 21 anos. Falta muita rodagem.

Essa queda de rendimento e aproveitamento da seleção brasileira pode ser considerada normal?

Estou fora do Brasil. Já são 2 anos. Seguir de fora é diferente. Não gosto de emitir opiniões quando não conheço todos os lados. Fora não sabemos tudo que se passa. Tenho certeza que se está avaliando tudo e estabelecendo estratégias.

 

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