A seleção colombiana venceu o BRASIL pelo primeira vez e terminou a competição com a medalha de prata depois de perder a final para a República Dominicana. Rizola trabalhou durante mais de uma década nas divisões de base do BRASIL ganhando inúmeros títulos. Foi dispensado pela atual gestão da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.
O BRASIL amargou recentemente a sexta colocação no mundial sub-20.
Rizola assumiu a Colômbia há 2 anos. País sem a menor tradição no esporte. Evolução rápida que colocou as colombianas em igualdade com Argentina e Peru. Prestigiado, se diz atualizado e com a 'cabeça em cima do pescoço'.
O técnico conversou com o blog. Rizola falou da emoção da vitória contra o BRASIL, da confiança no trabalho e do sonho de chegar aos jogos de Tóquio em 2020. O treinador disse que não guarda mágoa da CBV, mas deixa claro que deu resultados quando comandou as divisões de base.
Rizola preferiu não comentar o atual estágio da seleção brasileira.
A vitória contra o Brasil foi o resultado mais importante da história do vôlei da Colômbia?
Com certeza. Até os dois a zero elas não acreditavam que seria possível vencer. Eu trabalhei isso desde que vi a relação final do BRASIL. Disse que teríamos que ser 120 % de nós neste momento. Aí poderíamos ter uma chance. A diferença entre experiência do BRASIL contra qualquer seleção e a Colômbia é muito grande. Precisava tudo sair bem. A nossa parte, menos para o BRASIL.
Como os dirigentes e as jogadoras reagiram após o jogo e depois com a conquista da medalha de prata?
Alegria muito grande e principalmente o reconhecimento pelo trabalho. Elas passam a confiar mais ainda na metodologia e princípios que estou aplicando aqui.
Você imaginou que um dia a Colômbia poderia derrotar o Brasil?
Claro que imaginei. Sou um sonhador, trabalhador e vou atrás dos meus sonhos. A cabeça continua em cima do pescoço. Temos que ter consciência que aproveitamos o momento e que mesmo diante de dificuldades fomos capazes de vencer.
Essa vitória serve como resposta para aqueles que dispensaram e não valorizaram seu trabalho nas divisões de base do Brasil?
Não, serve somente para confirmar que estou atualizado e continuo trabalhando como sempre trabalhei.
Você tem mágoa da maneira como saiu da CBV?
Creio que fiz alguma coisa para o voleibol brasileiro. Esta satisfação ninguém pode me tirar. Nunca cultivo mágoas. Creio que tudo tem uma razão. Não entendemos agora, mas o tempo é o senhor.
Até onde essa Colômbia pode chegar?
Falta muito. Trabalhei e trabalho estas jogadoras tecnicamente. Mudamos os conceitos de preparação física com prevenção e força explosiva. Elas estudam as equipes e não recebem mastigadas edições para que entendam do jogo e finalmente o trabalho para que elas tenham confiança no que fazem e lutem sempre. Isto é um processo de gestão de grupo. Posso dizer onde queremos chegar que seria na olimpíada de Paris. Se no meio aparecer Tóquio vamos antecipar o processo e será espetacular. O grupo tem média de idade de 21 anos. Falta muita rodagem.
Essa queda de rendimento e aproveitamento da seleção brasileira pode ser considerada normal?
Estou fora do Brasil. Já são 2 anos. Seguir de fora é diferente. Não gosto de emitir opiniões quando não conheço todos os lados. Fora não sabemos tudo que se passa. Tenho certeza que se está avaliando tudo e estabelecendo estratégias.