Nicola Negro exagerou. Fez um papelão.
O técnico pode até ter razão na reclamação. Segundo ele, Mayany, central de Osasco, saía antes do saque da sua posição (2). Roberta estava na 6 e Tandara na 3.
Ainda que seja, é uma responsabilidade da arbitragem. Os caras são ruins, fracos, não é segredo para ninguém. Mas o que causa certa estranheza é o fato de Mayany passar por essa posição várias vezes no jogo e nem o primeiro, muito menos o segundo, terem percebido.
Se de fato ela errou, seria natural que a irregularidade fosse marcada a partir do escândalo dele no início do segundo set. E Nicola disse claramente que Osasco é reincidente. Recebeu carão vermelho e obviamente gerou mais intranquilidade ao grupo que atravessa dificuldades para o time que já passava aperto pelo bom jogo do adversário.
Nicola erra, de novo, quando fala em vergonha e desmerece Osasco. Choro de perdedor. Importante deixar claro que Osasco não venceu por causa dessa situação. Longe disso.
O italiano perdeu a linha.
Luizomar, se sentindo desrespeitado, reagiu naturalmente e foi educado até demais.
O episódio lembra o que disse com muita propriedade Renato Portaluppi, técnico do Grêmio. Não são todos, mas alguns técnicos estrangeiros chegam no BRASIL supervalorizados.
A mídia tem uma boa parcela de responsabilidade.
E vale para o vôlei.
Nicola foi bem recebido, mas não tem currículo melhor que a maioria dos técnicos brasileiros. e muito menos o direito de se achar acima dos demais.
A reclamação, repito, é válida. Direito dele, mas o italiano perdeu a linha e a razão na maneira como agiu.