A semifinal da Copa Brasil em Campinas foi digna de decisão com equilíbrio a partir do terceiro set, emoção, provocação, gritaria, polêmica e com a vitória das cariocas por 3 sets a 1 com 25/22, 25/19, 20/25 e 30/28.
Os dois primeiros sets vencidos pelo Rio até com relativa facilidade deram a falsa impressão de que o jogo terminaria mais uma vez em 3 x 0.
Foi o tal 'rodízio', verdade seja dita, que salvou Osasco e evitou que a equipe paulista deixasse Campinas com 3 a o nas costas. Mérito de Luizomar de Moura. O treinador foi corajoso, mudou o time inúmeras vezes até acertar e Ivna, Carcaces, Suelle e Lise se alternaram em quadra.
Apenas as centrais Adenízia, que só jogou a partir do terceiro set, Thaísa e Gabi jogaram a partida inteira. Por sinal, Gabi foi a mais eficiente jogadora de Osasco.
Quem jogou abaixo da média foi a líbero Camila Brait em noite pouco inspirada. A belga Lise, tem potencial, mas não está acostumada com pressão. Uma oposta contratada para resolver não pode fazer somente 8 pontos. Thaísa e Adenízia juntas fizeram 30.
O maior exemplo da agressividade de Luizomar foi quando Diana e Saraelen entraram com o placar adverso de 24/22 no quarto set. Quase deu certo, mas a arbitragem não colaborou.
Só Antônio Augusto, segundo árbitro, não viu que a bola tocou no chão no lance envolvendo a levantadora Courtney. Pior. Antônio Augusto, da federação paulista, prejudicou o primeiro árbitro, Silvio Cardozo da Silveira, que acertadamente havia punido Bernardinho com cartão vermelho após o técnico do Rio sair da área destinada por reclamação. Se mantivesse a marcação e com o cartão aplicado ao treinador, Osasco teria fechado o set.
Natália foi a melhor do Rio, desequilibrou e virou bolas importantíssimas, inclusive o ataque que resolveu o jogo. Foram 23 pontos. Gabi marcou 20. Monique, assim como as opostas de Osasco, saiu devendo.
A levantadora Courtney Thomspon, quase na metade da temporada, ainda não acertou o tempo de bola das centrais o que é preocupante. A jogadora norte-americana porém compensa atrás com ótimo posicionamento e volume de jogo.
Mesmo sem ter tido a chance de jogar o tie-break, a sensação é que Osasco sai da Copa Brasil fortalecido. O time ressurge na derrota e mostra sinais de evolução.
O Rio respira aliviado e tem caminho livre para conquistar a Copa Brasil.