Roberta não foge à regra. A levantadora de Osasco ainda saboreia a conquista do título paulista, curte a folga ao lado da família e se reapresenta na segunda-feira.
O blog procurou a jogadora.
Roberta nos atendeu gentilmente e nessa entrevista falou o que mudou no clube em relação a temporada passada.
Ela afirma que apesar da reação de Bauru, tinha convicção que o título seria de Osasco. Enalteceu as virtudes do atual grupo de trabalho, o alto nível dos treinos e por fim falou que sonhava com o momento de levantar a taça.
O que representa esse primeiro título com a camisa de Osasco?
Representa o primeiro passo e nosso valor. Quem a gente pode ser como time. Vejo uma margem de crescimento enorme na equipe. Nós começamos o paulista de uma maneira e terminamos como outro time. Verdadeiro time. Questão de postura, atitude.
E como se sentiu levantando a taça de campeã?
A sensação de levantar a taça foi incrível. Eu sonha com esse momento, esse sentimento, tanto que passei um bom tempo abraçada com a taça na comemoração. Só nós sabemos o quanto treinamos e nos fortalecemos durante a competição. Gostinho muito bom de poder olhar para cara de todo mundo. Mas é só o começo. Precisamos sempre buscar mais.
O que mudou do Osasco da temporada passada para essa?
Mudou muita coisa, começando pela montagem. Vejo um time mais regular e com mais qualidade. A gente tem um fundo de quadra muito bom, volume de jogo, nossa relação bloqueio/defesa. Osasco se organiza com mais clareza e menos desespero. Temos ainda grande opções no banco e nossos treinos, alto nível, rendem bem mais.
Você achou que o título estava perdido depois da reação de Bauru?
Não achei sinceramente em momento algum. Nós fomos preparadas para jogar até 6 sets e sabíamos que não seria fácil, como não foi. Osasco permitiu o crescimento delas e temos que aprender com esses erros. Foi a sede de querer ganhar logo, querer demais. Erramos muitos saques. Mas voltamos para o jogo com consciência, como nos dois sets iniciais e ganhamos o golden set com extrema categoria e lucidez.
Você foi cirúrgica no tiebreak com ótima distribuição. Como conseguiu ser tão fria e calculista?
Estava muito tranquila no jogo e consciente do que eu tinha que fazer. Confiante. O time continuava com a mesma vibração. Isso me deixou tranquila. Pensei ponto a ponto. Não me dei a chance de pensar no erro. Precisava ser a pessoa mais regular para ajudar Osasco. E assim fui.
As cobranças de certa forma ajudaram você nesse processo até o primeiro título?
Cobranças sempre ajudam. Acho que a derrota para Bauru na fase de classificação foi um tapa na cara. Refletimos e chegamos a conclusão que aquilo apresentado ate então não seria suficiente. Sabíamos da responsabilidade de trazer essa taça para casa e lembramos do gostinho que deixamos escapar na final do paulista do ano passado. Serviu para a gente acordar. Nós viemos para essa temporada com metas e pensamentos diferentes.