Foram quase 10 vitórias a mais para o time mineiro em 22 jogos. 17 contra 9.
Um terminou na inédita vice-liderança. O outro apenas em sétimo lugar e só garantiu vaga para os playoffs na penúltima rodada.
Tudo isso seria capaz de colocar o Praia Clube como favorito contra o Sesi pelas quartas de final da Superliga. Certo?
Errado.
Cada time venceu um jogo na competição. O Sesi fez 3 a 2 em casa e perdeu de 3 a 0 em Uberlândia.
Em tese, pelo menos na prática, o Sesi poderia ter ido mais longe, afinal conta com duas jogadoras titulares da seleção no último campeonato mundial: Fabiana e Jaqueline.
O Praia não.
Acontece que o Sesi não deu liga, passou a maior parte do campeonato em crise, demitiu técnico e até hoje espera pela estreia de Jaqueline.
O Praia sofreu uma baixa importante na reta final. A cubana Daymi Ramirez se contundiu, ficou 3 jogos fora e foi banco contra Rio do Sul na última rodada. Ainda não está 100%. Sem ela o Praia terá dificuldades para ser semifinalista.
A rivalidade entre os dois times é grande e não foram poucas as vezes que Sesi e Praia se encontraram em playoffs da Superliga com vantagem da equipe paulista.
O Sesi apanhou muito. Foram 13 derrotas. Ninguém perdeu mais do que o Sesi daqueles envolvidos nos playoffs.
A vitória contra Bauru fora de casa aparentemente fez o Sesi recobrar a consciência. A eterna indefinição das levantadoras parece ter chegado ao fim e Priscila Heldes será titular contra o Praia. Andreia está barrada, Sabrina fora dos planos e Ellen, Dayse e Jaqueline são as atacantes. Bia é outra que ressurgiu no meio, o que desafoga a incansável Fabiana.
Se as titulares jogarem o que sabem e a levantadora não atrapalhar, o Sesi pode ser a grande surpresa dos playoffs. O time, motivo de chacota, está mordido e disposto a responder as críticas.
Agora é a hora.
O Praia que se cuide.