É verdade que o técnico abriu olhos e percebeu, tardiamente, que Monique não vingaria, e viu na sequência Bruna se enterrar na Copa Pan-Americana, ou seja, ficou sem alternativas.
Ainda assim a chegada de Tomé deixa duvidas no ar.
Certamente não foi pelo desempenho na Copa Pan-Americana que ela foi chamada. Isso sem esquecer que a atleta só disputou o torneio por causa dos pedidos de dispensa, ou seja, Tomé, não foi a primeira opção do treinador.
Longe disso.
De repente, ela vira alternativa na seleção principal.
Nada contra Tomé, pelo contrário, menina do bem, corajosa, que ganhou personalidade e de princípios elogiáveis.
Não custa lembrar que Tomé optou em permanecer no São Caetano e disse não ao técnico da seleção que convidou a jogadora para jogar em Barueri na temporada passada.
Ela está com 28 anos e já teve inúmeras oportunidades de treinar em Saquarema. Nunca se firmou.
Acho pouco provável que isso aconteça agora.
O que certamente irá acontecer é evitar que Rosamaria se acomode e corra atrás do prejuízo que não é pequeno.
O mesmo efeito poderia ter acontecido com Roberta, de qualidades inquestionáveis, mas José Roberto Guimarães surpreendentemente abriu mão de contar com 3 levantadoras e deixou Claudinha em Osasco.
Roberta de qualquer forma não correria nenhum risco.
Rosa não. Ela anda mal, quase não foi aproveitada na VNL e perdeu espaço. A jogadora entretanto funciona, ou funcionava, tanto como ponta quanto como oposta.
Tomé idem.
Quem respira aliviada é Amanda, xodó da comissão técnica e considerada intocável.
É evidente que se a bola e os resultados dentro de quadra fossem usados como critério a coisa obviamente seria diferente. Uma disparidade que salta aos olhos.
Sorte dela que caiu nas graças da comissão.
Não dá para dizer que Tomé irá seguir o mesmo caminho. Mas não duvido que Rosa acabe sobrando e Tomé ganhe espaço e vire a 'Amanda' da vez na seleção.
Isso tudo, claro, desde que Natália se recupere e jogue o mundial.