Bernardinho não está errado.
A classificação da Itália para a decisão, vitória de 3 a 2 contra os Estados Unidos, era tudo que o BRASIL sonhava. Freguês de longa estrada, que jamais conquistou os jogos olímpicos e que treme sempre diante da seleção brasileira quando se encontram na final.
Não dá para ser diferente domingo.
Quem conhece sabe que os jogos olímpicos são divididos em duas partes: fase de classificação e sempre temido mata-mata.
É nesse hora, como costumam dizer, que se separam os meninos dos homens. É nesse momento que os grandes fazem a diferença.
É quando conta a tradição, camisa, experiência e principalmente o retrospecto entre as seleções que se enfrentarão, perfeito para BRASIL e Itália.
A Itália não vence a seleção brasileira numa decisão desde 1995, ou seja, 21 anos. Na ocasião os italianos fizeram 3 a 1 no Rio de Janeiro na Liga Mundial. A Itália tem duas pratas e três bronzes no saldo das suas dez participações em Olimpíadas. Uma dessas derrotas aconteceu para a seleção brasileira em 2004 em Atenas.
A seleção tem tudo nas mãos novamente. Não tem como deixar escapar agora. Não dá para ficar pensando nas frustrações de Londres, do mundial da Polônia e das últimas edições da Liga Mundial.
O BRASIL chega em ascensão, joga em casa, conta com o apoio da torcida, é superior tecnicamente e mais experiente.
A Itália, apesar da surpreendente campanha no Rio, não é uma seleção confiável e foi salva pelo gongo contra os Estados Unidos. Chegam com a sensação de que já foram longe demais.
Os italianos historicamente sentem demais a pressão de enfrentar o BRASIL. Respeitam demais a seleção de Bernardinho. Respeitam não. A Itália joga com medo.
Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.