Ao ser questionado por um repórter sobre o tema, o meio-campista enfatizou que não pediu desculpas para o treinador, mas sim que entrou em entendimento com a diretoria e vai acatar as ordens superiores. Mais tarde, Felipe Melo usou a conta pessoal no Twitter para tentar explicar o que havia dito. Ou seja, continua tudo na mesma. Uma várzea.
Diante do imbróglio, tenho algumas perguntas: essa reconciliação - que parecer ser apenas para evitar processos judiciais - vai ajudar o time na sequência da temporada? Como o restante do elenco reagirá diante dessa cisão? Como Cuca assimilou as palavras do desafeto? Qual recado estará sendo passado para os demais jogadores em relação ao comando do clube?
O que me impressiona neste episódio é a completa falta de competência dos dirigentes palmeirenses para administrar a crise. Eles não conseguem acabar com o problema, que poderia ter sido resolvido internamente. A cada movimento, o mal entendido parece aumentar. E a torcida segue sendo levada pela maré, ora defendendo o Pitbull, ora pendendo para o lado do técnico.
Como o Palmeiras já foi eliminado da Copa Libertadores, da Copa do Brasil e mantém uma boa colocação no Campeonato Brasileiro, talvez este festival de lambanças não afete tanto assim o restante do ano. Afinal, a pressão maior no clube é para se garantir na próxima edição da competição continental, missão não tão difícil em um campeonato que poderá oferecer até oito vagas. Mas é bom ter cuidado.
Além disso, a relação entre Cuca e Felipe Melo será desastrosa para o planejamento da próxima temporada, caso não melhore. Da forma como está, considero impossível que convivam bem a partir de janeiro de 2018. Não há espaço para ambos no clube.