"Vai ser uma prova forte, com o Kwambai (James Kipsang) e os marroquinos (Adderrahime Bouramdame e Mohamed El Hashimi) com tempos rápidos. Mas, no que depender de mim, vou fazer de tudo para vencer", disse o brasiliense, longe do discurso falso humilde.
Kwambai é simplesmente o atual bicampeão da São Silvestre. "É um atleta que deve ser respeitado pelas marcas em maratona, meia maratona e provas mais curtas. O Kipsang é franco favorito", disse Marilson, que também repetiu que veio para ganhar.
Do outro lado, o queniano rasgou elogios ao brasileiro e sabe que esse estará motivado por voltar a correr em casa. Ele não quer nem saber do empregado rótulo de favorito. Mas apesar do respeito de Marilson, Kwambai não conseguiu grandes resultados esse ano, é verdade, mas ao correr ao lado de seus compatriotas pode tirar alguma vantagem. Os marroquinos Bouramdame e El Hashini já são corredores mais experientes e também lutam para escrever a história neste último dia do ano.
Além disso, pesa nas pernas de Marilson uma lenta e dolorosa recuperação da Maratona de Nova York. A derradeira competição do ano não estava nos planos do principal corredor brasileiro da atualidade - Marilson, inclusive, corre para desempatar o duelo com José João da Silva, campeão da São Silvestre em 1980 e 1985.
Outro brasileiro que conhece bem o caminho da vitória na São Silvestre é Franck Caldeira. Vencedor da prova em 2006, ele está recuperado do trauma familiar que sofreu em agosto e parece mesmo ter voltado à velha forma. Difícil, mas pode beliscar uma boa colocação.
"Não foi um ano legal. Mas é importante estar aqui e torcer para que a vitória fique para um brasileiro", disse.
Agora fica a pergunta: Afinal, quem é o favorito? Façam suas apostas. A 86.ª Corrida Internacional de São Silvestre acontece às 16h30, com Globo e Gazeta.