Água e álcool gel são artigos de luxo no Capão Redondo, na zona sul da capital paulista. Além disso, começa a faltar comida, já que as pessoas não podem trabalhar. Para tentar atenuar esse cenário devastador motivado pela pandemia do coronavírus, um grupo de corredoras e o Projeto Vida Corrida, que leva esporte para crianças e mulheres do Capão Redondo liderado por Neide Santos, resolveram se mexer e iniciaram uma campanha, a SOS CAPÃO REDONDO CONTRA O VÍRUS, que envolve de doação de água, álcool gel, alimentos, produtos de higiene e limpeza; e uma vaquinha virtual, a meta é arrecadar R$ 70 mil. Para quem puder ajudar com qualquer quantia em dinheiro, a vaquinha está neste link: http://vaka.me/948938
"Passei vários dias consumida por tristeza, ansiedade e um sentimento horrível de estar isolada e de braços cruzados, assistindo minha nação afundar. Falei com minha amiga Neide Santos para saber como estavam as coisas no Capão e as palavras dela partiram ainda mais os pedaços que meu coração já estava. Decidi que não ia mais ficar parada. Sei que sozinha não tenho forças, por isso juntei um time poderoso de mulheres, corredoras e executivas, para decolarmos juntas uma campanha de ajuda ao Capão", conta Paula Narvaez.
"Muitas mulheres não tem mais o que dar de comer aos filhos", diz Neide Santos. O mutirão está funcionando em várias frentes: de vaquinha virtual (para comprar água, sabão, alimentos) a doação de alimentos e itens de higiene e limpeza. "Estamos centralizando tudo no Projeto Vida Corrida, que nos ajudará a coordenar as compras e entregas", explica Paula, que também está à frente da prestação de contas das doações.