Única maratona selo Platina da World Athletics realizada neste emblemático 2020, a 25ª Maratona de Xangai, no leste da China, foi realizada no domingo, 29 de novembro, com menos de um terço dos participantes: 9 mil, sendo que 120 mil pessoas participaram do sorteio inicial, quando foram selecionadas 38 mil. Todos os participantes tiveram que enviar seus testes de ácido nucléico (Covid-19) e a organização pôs em prática um rígido protocolo sanitário de prevenção. Além disso, nenhum atleta da elite foi convidado. Venceram os chineses Jia Erenjia (2:12:44) e Li Zhixuan (2:26:39).
"Fiquei muito animado na largada e estou muito feliz por ter estabelecido meu novo recorde pessoal (PB) na única corrida que participei este ano", contou Jia para o site CGTN. O recorde desta prova é é 2:07:14, estabelecido em 2025 pelo queniano Paul Lonyangata. E no feminino é 2:20:36, marca de etíope Yebrgual Melese estabelecida há dois anos.
O protocolo de segurança começou a ser desenhado em maio, com especialistas locais. Só puderam participar corredores que testaram negativo para a Covid-19 e que não tivessem viajada para regiões de alto risco nas duas últimas semanas. Segundo o professor Zhang Wenhong, diretor do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Fudan-Huashan em Xangai, que foi entrevistado pelo site CGTN, a maratona foi realizada com sucesso. Ele explicou que foi designado um grande número de funcionários para o evento e apenas aqueles que testaram negativo puderam trabalhar, incluindo pessoal de segurança e voluntários da comunidade. Além disso, os participantes tiveram que se submeter e comprovar medição de temperatura durante dez dias antes da prova, e ao chegar na maratona.
Na corrida, todos tiveram que usar máscara até a largada foi realizada em três ondas, e com distanciamento social. com os corredores separados. Após a largada os corredores, que quiseram, puderam retirar as máscaras, e colocar outra na chegada, onde o staff estava com desinfetante para passar na mão de todos e entregar novas máscaras. Nos postos de hidratação, os corredores fizeram paradas mais demoradas para fazer a higienização.
Foram 26 postos médicos com 200 médicos no total e 20 ambulâncias ao longos dos 42km. E o staff contou com 3.872 voluntários, 400 deles trabalhando nos postos de hidratação no percurso da maratona.
No próximo domingo, 6 de dezembro, será realizada a Maratona de Valência, apenas com a participação de 300 atletas da elite de 40 países, inclusive do Brasil. E todos devem se submeter a testes PCR no país de origem e encaminhar para o Circular-Lab, equipamento tecnológico que usa Inteligência Artificial desenvolvido por um consultoria externa que vai rastrear os dados de todos os participantes. O evento contará com serviço médico próprio, coordenado por Luis Cort, gerente médico da Maratona de Valência, que faz parte do grupo de trabalho internacional para tratar da realização de eventos esportivos pós-COVID-19, e que elaborou rigoroso protocolo sanitário.