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Provas de rua de A a Z

Na guerra olímpica dos tênis venceu a tecnologia

Marcas investiram em entressolas com carbono

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Por Silvia Herrera
Atualização:

Nos bastidores do esporte, a guerra dos calçados é tecnológica. E na Tokyo 2020, o tênis mais visto nos pés dos atletas foi o Nike Air Zoom Alphafly Next%, com sua entressola com placa de carbono e cápsula. Ele estava nos pés dos três primeiros a cruzarem a linha de chegada da maratona olímpica masculina e da segunda colocada da feminina.  No triatlo, deu Asics - nos pés dos campeões no masculino e no feminino, com um modelo também com entressolas com placa de carbono. Para os atletas da elite, super bem treinados, a inovação tecnológica pode tirar aquele segundo que separa a vitória da derrota.

 

Nike lidera a inovação nos calçados esportivos  

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O Air Zoom Alphafly Next% estava nos pés do agora bicampeão olímpico e recordista mundial da modalidade, o queniano Eliud Kipchoge (2:08:38), que aliás ajudou a desenvolver este modelo; do medalha de prata, o holandês Abdi Nageeye (2:09:58); e do medalha de bronze, o belga Bashir Abdi (2:10:00). No feminino, nos pés da queniana Brigid Kosgei (2:27:36), medalha de prata e recordista mundial da maratona.

Nike presente na maioria dos pés na maratona olímpica - confira vídeo abaixo Foto: Estadão

Em segundo vem a adidas, nos pés da campeã queniana Peres Chepchirchir (2:27:20), que ultrapassou Kosgei no km 40! E em terceiro a Puma, nos pés da revelação, a norte-americana Molly Seidel (2:27:46). Esta  roubou a cena, conquistou a medalha de Bronze em sua terceira maratona da vida! Há cinco anos ela teve que abandonar o atletismo, para cuidar de sua saúde mental. E incentivada pela família retomou os treinos aos poucos. Com o patrocínio da Puma, ela se mudou para Boston, onde também trabalha como babá e barista. No ano passado, em sua primeira maratona foi a segunda colocada na seletiva olímpica. Seu plano era chegar entre as dez primeiras em Sapporo. As quenianas Brigid e Chepchirchir eram as favoritas. Estava tão quente, que a largada foi antecipada em uma hora na véspera. Mesmo assim, as 88 maratonistas largaram às 6h com 25.7°C e umidade bem elevada (78%). Quando as três primeiras cruzaram a linha de chegada já estava 31 °C, quinze maratonistas não concluíram a prova. Tanto o tênis da adidas (Adizero Pro), quanto o da Puma (Nitro Running) apresentam carbono na entressola, entre outras tecnologias.

No triatlo, a Asics se saiu muito bem. O modelo  ASICS METASPEED(TM) Sky esteve nos pés da campeã e do campeão olímpico de triatlo - a bermudense e atleta ASICS Flora Duffy, que completou a prova em 1:55:36, e o norueguês Kristian Blummenfelt, medalha de ouro com o tempo de 1:45:04 - e de outros 25 triatletas que participaram das provas feminina e masculina em Tóquio. Os testes iniciais mostram que o METASPEED(TM) Edge pode ajudar a reduzir o número de passos para um corredor terminar uma maratona em cerca de 2,6%. A segunda edição deste modelo chega ao e-commerce da marca no Brasil em 16 de agosto, é o SICS METASPEED(TM) Edge (R$1.799,99).

Diferentemente da maratona, no triatlo não há regras para usos dos tênis. Inclusive o recém-lançado Fila Race Carbon foi usado por nossa triatleta Luisa Baptista, que foi a 32ª colocada (2:05:32), eram 34 participantes.

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Tachlowini Gabriyesos, tema de um dos posts aqui do blog, chegou em 16º na maratona, com o tempo de 2:14:02. Nosso Danielzinho Nascimento largou muito bem e teria boas chances de chegar entre os dez primeiros, mas perdeu dois postos de hidratação, teve hipoglicemia e abandonou a prova no meio. Ele calçava adidas. A imagem dele correndo ao lado de Kipchoge entrou para a história (confira no vídeo abaixo). Ele foi recebido com muita festa em Bauru, onde treina e mora, e com certeza deve brilhar em Paris. Daniel Chaves, adidas, também não completou a maratona. Aliás, dos 106 que largaram, apenas 76 concluíram. Nosso terceiro representante, Paulo Roberto de Almeida Paula, atleta do São Paulo Futebol Clube, finalizou em 69º lugar, com o tempo de 2:26:08. Ele teve uma lesão há dois meses e optou fazer uma estratégia conservadora, para conseguir concluir sua terceira maratona olímpica.

 

 

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