"Não tenho palavras para descrever como me sinto", disse Kipchoge. "Os últimos 17Km foram muito difíceis, mas eu estava realmente preparado, focado no trabalho que fiz no Quênia e foi isso que me ajudou. Estou muito grato a toda minha equipe, meu treinador Patrick Sang e organizadores", afirmou para a assessoria de imprensa da Associação Internacional de Atletismo (IAFF). Wilson Kipsang, que quebrou o recorde mundial em 2013 com a marca de 02:03:23, chegou em terceiro com 2:06:48 e Amos Kipruto, em segundo lugar com o tempo de 02:06:23. O recorde anterior era de Dennis Kimetto, quebrado há quatro anos também na Maratona de Berlim - 02:02:57
No feminino também deu Quênia, com Gladys Cherono, que estabeleceu novo recorde da prova com 02:18:11. Agora ela é tricampeã em Berlim (2015 e 2017) e tirou mais de um minuto da marca anterior, estabelecida há 13 anos pela japonesa Mizuki Noguchi. Tirunesh Dibaba liderou durante os primeiros estágios, passando pela metade do percurso em 1:09:03. Cherono, Ruti Aga, Edna Kiplagat e Helen Tola estavam logo atrás, mas veio Cherono e assumiu a liderança.
O maratonista mais rápido do mundo largou forte, cansando seus coelhos (corredores que impõem o ritmo por alguns quilômetros depois saem da prova). Fez os 5K iniciais em14:24, os 10K em e 10 29:21. No KM 15, passou com 43:38, e aí dois dos três coelhos jogaram a toalha. No km 21, o último coelho Josphat Boit também não teve mais pernas. Com leveza, Kipchoge completou metade da prova com 01:01:06 e acelerou, sentiu que conseguiria quebrar o recorde. Era seu dia. Passou os 35K a 01:41:00, os 40K com 01:55:32. Venceu a Maratona de Berlim com 02:01:39 sorrindo, nem parecia que tinha acabado de completar uma maratona.
Aos 33 anos, desde o ano passado Kipchoge está com esse objetivo em foco. Aceitou o Desafio da Nike, Breaking 2, de provar ser possível um homem correr uma maratona abaixo das 2 horas. O feito foi em maio, no circuito de Monza, por apenas 5 segundos ele não conseguiu. Em Berlim no ano passado, as condições climáticas atrapalharam o cenário, mas hoje Kipchoge cruzou a linha de chegada sorrindo, com sol, marcando seu nome na história do atletismo. Parabéns a todos os participantes!!!! E como escrevi na sexta-feira, havia reais possibilidades de quebra de recorde!!
Confira neste link o vídeo da chegada, no Facebook da prova: www.facebook.com/berlinmarathon