Há tantas dúvidas para melhor se preparar para esta emblemática prova, realizada desde 2013, que a marca realizou uma palestra sobre ela no dia 6 de maio no show-room. com o fisioterapeuta Claudio Cotter, o prof/dr Guilherme Gularte de Agostini (Educação Física e Bioquímica) e Bernardo Fonseca (organizador da prova X3M).
No dia 2 de setembro, 1.500 corredores vão enfrentar 42km de subidas em direção ao cume da Serra do Rio do Rastro (SC) na quinta edição da UpHill MarathonAlém da maratona há mais duas modalidades: 25km e 67km. Das 2.300 pessoas na lista de espera, 399 já foram chamadas. A inscrição é por sorteio e o valor da pré-inscrição (R$15) foi doado para uma ONG da região, que desenvolve trabalhos de preservação ambiental. As pré-inscrições são abertas depois da corrida e evaporam.
Agostini traçou cientificamente o cenário e as condições climáticas (chuva, frio e neblina). "Tem que ter planejamento para ter êxito nesta prova", recomenda. No final são 15km de subidas direto, o corredor vai estar com os joelhos fletidos a 15% e vai cansar muito por conta disso, o comprimento da passada vai estar 17% menor, por isso vai aumentar a frequência cardíaca. Nesse trecho final da Serra do Rio do Rastro a maioria das 284 curvaspara o mesmo lado, o pé não fica todo em contato com o chão - e começa a cansar muito. "O corredor precisa de 60% da sua força muscular e os glúteos assumem uma responsabilidade muito grande - de 48%; além dos quadrícipes e panturrilha. Uma vantagem é que na subida a chance de lesão é 30% menor e a desvantagem é o estresse cardiovascular", explica. Por conta disso, quem vai dar o ritmo do pace será a respiração do corredor. O ideal é treinar seis meses e incluir na rotina o intervalado para ir acostumando ao ritmo máximo.
Armadilha
Ao contrário do que possa parecer, o problema não está na subida. "A UpHill tem uma armadilha, aliás duas - dois descidões de 182m, nos quais quem soltar o freio vai se lecionar. Não solte o freio nem no km 10 nem no 19. A força do corredor vai acabar na hora, o pace vai despencar e a dor vai começar no dia seguinte. Soltar o freio na descida promove lesão muscular", alerta. Por conta disso é primordial também treinar descidas e fazer fortalecimento muscular (fisio, pilates, musculação, subir escadas - vai de cada treinador).
O fisioterapeuta Claudio Cotter ensina que é muito melhor fazer um tratamento preventivo do que chegar a 3 meses da UpHill reclamando de dor. "Vamos tratar, a pessoa vai correr, mas se tivesse feito um preventivo o rendimento na prova seria muito melhor", recomenda.
Parte mais difícil
A primeira edição da prova, em 2013, contou com a participação de 50 convidados. "A gente queria ter certeza se era viável", conta Bernardo Fonseca. Para ele, há chance de vitória quem tem o melhor preparo mental, mas tem que largar inteiro. "Quanto mais força de vontade for preciso menos você se preparou", destaca. Mas o que motiva cada vez mais corredores a completarem a UpHill? "É a certeza que após a linha de chegada você nunca mais será o mesmo. Quando você se inscrever e for sorteado vão te chamar de louco, depois que terminar a prova, vão te chamar de lenda", diz Fonseca. #corridaparatodos #mizunomelevapraUpHill
Dicas
Largada - leve um cobertorzinho baratinho ou usado para se agasalhar e depois da largada, descarte.(os cobertores serão doados)
Suplementação e hidratação - não experimente nada na prova e não use cafeína (desidrata)
Novidade - na véspera haverá um treino para os familiares em Treviso, às 9h.
Para saber mais:
Campeão de 2016 - 42k
Campeão de 2015 - 42K
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