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Provas de rua de A a Z

Seja Feliz

Violência contra mulher é o mote de corrida de rua organizada por três guerreiras que acreditam no poder transformador do esporte no resgate da felicidade.

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Por Silvia Herrera
Atualização:
 Foto: Estadão

Depois de três treinões lotados, o último com 600 participantes, a promotora de Justiça Gabriela Manssur (Justiça de Saia), a coach Deborah Aquino (Blog da Debs)e a profissional de marketing Paula Narvaez (Corre Paula) - todas maratonistas- decidiram criar a corrida de rua Movimento Pela Mulher. A segunda edição está confirmada para 20 de março no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Os homens são bem-vindos, já que a corrida também levanta a bandeira da igualdade entre os sexos.

Da esquerda para direita: Paula Narvaez, Gabriela Manssur e Deborah Aquino Foto: Estadão

Conversei hoje cedo com a Gabi, que está muito entusiasmada com o evento. "A corrida é um esporte democrático e o número de mulheres praticantes só vêm aumentando", conta. E é por meio da corrida e discutindo o tema - considerado ainda um tabu por alguns - que é possível mudar o cenário tenebroso da violência contra a mulher, no qual 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram algum tipo de violência em relacionamentos (dado do Instituto Avon/Data Popular de 2014).

 Foto: Estadão

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Aliás foi no dia a dia, em seu trabalho no Ministério Público, que a promotora conheceu de perto o drama dessas mulheres, que chegam ao órgão fragilizadas, com sinais de violência física e psicológica estampados nos rostos e corpos, vítimas de agressões de seus parceiros, na maioria das vezes. E foi exatamente correndo que a promotora consegue forças para dar alento a essas mulheres. "A corrida proporciona sensação de liberdade, de força. Melhora a autoestima. Você consegue atingir seus objetivos, nos deixa mais felizes. É isso que queremos, trazer felicidade para todas as mulheres!", explica.

Quem corre já sabe. É realmente transformador. E agora será ainda mais transformador, promovendo a transformação social. Muito mais que perder peso, ganhar fôlego e saúde, a corrida também pode resgatar a autoestima de quem sofria silenciosamente em casa.

Gabi diz que várias mulheres começaram a procurá-las durante os treinos para contar que eram vítimas da violência e que encontraram alento na corrida. "Elas contam que se sentem bem melhor praticando esportes, passaram a ter amor pela vida e conseguiram até uma recolocação no mercado de trabalho, ganharam força interior com a corrida", destaca.E é este empoderamento da mulher que as três corredoras desejam com o evento.

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O projeto também vem de encontro com o movimento Eles por Elas e por um Planeta 50/50 em 2010 que tem por objetivo assegurar a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros.

No dia da corrida, durante a concentração haverá profissionais da Defensoria Pública que vão dar todas as informações às mulheres, sobre o que fazer em caso de violência e todos os serviços públicos que elas têm direito.

A prova contempla caminhada (5km), e corrida nas distâncias de 5km e 10km. As inscrições já estão abertas no site: Movimento Pela Mulher. São 2 mil vagas e custam R$ 80 - vão até 16 de março às 16h, mas podem acabar antes se as vagas se esgotarem. Parte da renda - R$ 10 -será revertida para ONGs que se dedicam ao fim da violência contra a mulher: Instituto Maria da Penha, Associação Artemis, Projeto Vida Corrida, Geledés - Instituto da Mulher Negra e União das Mulheres de São Paulo.E como a prova é de corredora para corredora o kit tudo que o time feminino adora: batom, canelito, camiseta laranja (cor da causa), sacola esportiva, meia personalizada e muitos outos mimos. A organização é da Latin Sports, mesma empresa que realiza as corridas da Track and Field.

A largada é as 7 horas! A entrega do chip é no mesmo dia - entre 5h30 e 6h30. E a entrega do kit é depois da prova!!! #CorridaParaTodos #Running

 

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