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A não ser com Senna, o retrospecto dos brasileiros em Mônaco é fraco

Por liviooricchio
Atualização:

21/V/08 Amigos, escrevo da sala de imprensa do circuito de Mônaco. Faz sol. São 14h45. A coletiva dos pilotos, dentre eles Felipe Massa e Nelsinho Piquet, está para começar. Outro dia estava pensando no retrospecto do Brasil na prova aqui no principado. E a não ser com Ayrton Senna, nosso currículo é fraco. Redigi esse texto que disponibilizo agora. Até mais tarde.

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Senna venceu o GP de Mônaco de 1987, com Lotus, e depois de 1989 a 1993, cinco vezes seguidas, com McLaren. O príncipe Rainier II já sabia quem era o mais provável candidato a jantar com a família real domingo à noite, como manda a tradição da prova. Foram seis vitórias de Senna. Todos os demais pilotos brasileiros que já venceram ao menos um GP na Fórmula 1 nunca receberam a bandeirada em primeiro no GP de Mônaco.

Emerson Fittipaldi disputou de 1972 a 1980, pela Lotus, McLaren e seu próprio time, 144 GPs. O máximo que conseguiu em Mônaco foram dois segundos lugares, em 1973 e 1975, e um terceiro, em 1972. José Carlos Pace competiu de 1972 a 1977, quando faleceu, com March, Surtess e Brabham. Melhor resultado no principado: 3º em 1975. Nelson Piquet correu pela Brabham, Williams e Benetton, além de dois times independentes, no começo, com Ensign e McLaren. Foram 204 GPs de 1978 a 1991.Obteve em Mônaco dois segundos, 1980 e 1983, e um segundo, 1987.

Rubens Barrichello e Felipe Massa também já venceram na Fórmula 1, 9 e 7 vezes, mas nunca em Mônaco. Rubinho estreou em 1993 e já defendeu a Jordan, Stewart, Ferrari e Honda, 257 GPs, recordista de longevidade. Conquistou nas ruas do principado três segundos, 1997, 2000 e 2001, e um terceiro, 2004. Massa começou na Sauber, em 2002, e desde 2006 corre pela Ferrari, tem 92 GPs no currículo. Em Mônaco chegou ao pódio, ano passado, terceiro colocado com a Ferrari, e só.

Sem Ayrton Senna na estatística, os pilotos brasileiros vitoriosos ao menos uma vez em GPs de Fórmula 1, Emerson, Pace, Piquet, Rubinho e Massa, somam de 1970 até a etapa da Turquia, há pouco mais de uma semana, a participação em 930 GPs. No total, conquistaram 54 vitórias, mas nenhuma no GP de Mônaco. Em resumo, sem Ayrton Senna, o Brasil em Mônaco nunca fez história. Domingo, Massa em especial, por competir pela Ferrari, time vencedor, tem uma chance de mudar um pouco esses números desfavoráveis sem Senna. E, se chover, por que não Rubinho?

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