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Equipes revoltadas com a FIA

11/VI/11

Por liviooricchio
Atualização:

Livio Oricchio, de Montreal

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  Técnicos das equipes não se conformam com a intenção dos dirigentes da FIA de proibir o chamado escapamento aerodinâmico. O recurso tem sido muito utilizado pelas equipes, em especial este ano, para gerar maior pressão aerodinâmica e tornar o carro mais rápido. A FIA quer torná-lo ilegal a partir do GP da Grã-Bretanha, dia 10 de julho.

  Já era para ter sido em Barcelona, dia 22 de maio, mas diante do protesto dos times foi adiada. A questão é tema de muitas conversas entre integrantes das equipes em Montreal. "Aceito que se mude a regra em pleno campeonato se for por um bom motivo, como segurança. Mas esse não é o caso agora. É um absurdo", afirma o maior nome em engenharia da Fórmula 1, Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull. Seu modelo RB7 é um dos que melhor desfruta dos benefícios desse conceito.

  A Renault foi ainda mais fundo. "Concebemos nosso carro sob esse princípio, já em uso no ano passado por algumas equipes. Passamos pela inspeção técnica no início do campeonato. Mudar agora provavelmente comprometeria nossas possibilidades de conquistar bons resultados este ano", comenta Eric Boullier, chefe da Renault.

  Não há dúvida de que se a FIA, de fato, proibir o escapamento aerodinâmico a atual ordem de forças pode ser alterada. Por exemplo: a Red Bull perder parte da vantagem que possui sobre os adversários, o que tornaria o restante da temporada mais competitivo. Não são poucos na Fórmula 1 que veem a iniciativa da FIA, com o apoio de Bernie Ecclestone, promotor do evento, como uma forma de fazer com que o torcedor não perca interesse pelo campeonato, já bastante alinhado na direção de Sebastian Vettel, da Red Bull, pole position no GP do Canadá, líder do Mundial com 143 pontos diante de 85 de Lewis Hamilton, da McLaren.

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