24/VIII/08 GP da Europa Livio Oricchio, de Valência
Início A temporada nem havia começado e já havia um favorito destacado: Kimi Raikkonen, campeão do mundo ano passado. Os testes demonstraram que sua equipe, Ferrari, tinha o melhor carro e ele contava com um ano de experiência no time dos italianos e com os pneus Bridgestone, novidade na temporada passada. Ontem, depois da 12ª etapa do Mundial, bem poucos acreditam que Raikkonen será bicampeão este ano. A quebra do motor não teve sua participação, mas seu desempenho decepciona até a direção da Ferrari.
"Sabemos que atravessa período difícil, mas estamos com Kimi, acreditamos no seu potencial e até o fim do campeonato ele retomará ao seu melhor", afirmou, ontem, Stefano Domenicali, diretor-esportivo da Ferrari. Perde feio a concorrência para Massa nos treinos classificatórios (8 a 4) e raramente está na frente do brasileiro nas corridas. Ontem, como vem ocorrendo, se equivocou de novo. No seu segundo pit stop, na 43ª volta, acelerou quando o sinal controlado pela Ferrari estava ainda amarelo. Resultado: mandou o mecânico responsável por conectar a mangueira de combustível no carro, Pietro Timpini, para o hospital. Quebrou um dedo do pé.
"Dia para ser esquecido", disse o finlandês. O problema é que vem usando a frase desde o GP da Turquia, quinto ainda do ano. "Errei no segundo pit stop. Sai antes do que deveria", assumiu. Estava em quinto quando abandonou. "Não larguei bem, perdi a posição para Kovalainen e a partir daí fiquei preso no tráfego", explicou. "Minha situação no campeonato piorou, mas não quer dizer que estou fora da luta pelo título, como vimos em 2007." Soma 57 pontos, terceiro, diante de 70 de Hamilton e 64 de Massa.
Domenicali comentou ainda sobre a fase ruim de Raikkonen: "É fácil bater no ombro do piloto quando vence e dizer você é o número 1. O que faremos no seu caso é apoiá-lo, mostrar nossa confiança no seu trabalho, colocá-lo para testar mais". Não é, no entanto, o que acontecerá já esta semana. Dos quatro dias de testes coletivos em Monza, Andrea Bertolini acelera no primeiro dia, Felipe Massa nos dois seguintes e Raikkonen, apenas no último. A direção da Ferrari já compreendeu que, nesse momento, o piloto com maiores possibilidades de lhe dar os melhores resultados é Massa. FIM
