Fim de linha para verdadeiros monstros sagrados da F-1

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Por liviooricchio
Atualização:

26/IV/08 Livio Oricchio, de Barcelona

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Emerson Fittipaldi, Jackie Stewart, Niki Lauda, Alain Prost, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Michael Schumacher, dentre outros, foram pilotos que chegaram à Fórmula 1, conquistaram títulos e títulos nos últimos 40 anos e entraram para a história. Mas alguns donos de equipe ou apenas seus diretores são ainda os mesmos de suas épocas.

Pelo menos duas gerações de fãs da Fórmula 1 convivem com personagens quase eternos, como Bernie Ecclestone, Luca di Montezemolo, Ron Dennis, Frank Williams e Flavio Briatore. Mas a competição está prestes a repor seus dirigentes, seus líderes. Se não por vontade própria, então pelas limitações de suas idades já avançadas.

"Sim, dentro em breve a condução da Fórmula 1 estará nas mãos de uma nova geração de dirigentes, bem mais jovem que a nossa. Se pensarmos bem, essa mudança já está em curso", diz Flavio Briatore, italiano, 58 anos, diretor geral da Renault. "Eu mesmo não devo permanecer muito mais tempo aqui."

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Briatore vai se casar, este ano, e seu maior interesse, no momento, será administrar o time de futebol que adquiriu, Queen's Park Rangers, da Série B do futebol inglês. Briatore tem mesmo razão quando fala que a subsituição dos líders já começou. Jean Todt, diretor geral da Ferrari, apenas presta consultoria à equipe. A direção-esportiva da escuderia italiana está sob a responsabilidade, agora, do jovem Stefano Domenicali.

Na Williams, o peso dos 66 anos e as profundas restrições para tudo por causa da tetraplegia fizeram com que o tenaz Frank Williams já repassasse para o segundo no organograma do time, outro diretor na casa dos 30 anos, Adam Parr, muitas de suas tarefas.

"Não posso mais cuidar da equipe e estar presente em tantas reuniões dos construtores como a Fórmula 1 de hoje exige", explicou Williams. O mesmo fez seu sócio e ex-diretor-técnico, Patrick Head, de 63, com Sam Michael, também bastante jovem, 37. "Quero olhar um pouco mais para minha família."

Recentemente falou-se muito na aposentadoria de outro líder da velha guarda: Ron Dennis, o maior responsável por transformar a McLaren numa organização de sucesso. "Não irei sair agora, mas muitas das minhas tarefas já são realizadas por Martin (Withmarsh)", diz o inglês de 61 anos.

As escuderias mais jovens iniciaram sua trajetória no Mundial lideradas por profissionais de pouca idade. É o caso da Red Bull. Christian Horner tem apenas 36 anos. Gerhard Berger, ex-piloto, possui 50% da Toro Rosso. Aos 48 anos, traz também uma nova visão para os rumos da competição.

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Por fim, os dois grandes dirigentes da Fórmula 1, Bernie Ecclestone e Max Mosley, da mesma forma não deverão se estender por muito mais tempo no poder. Apesar de o passar dos anos parecer não afetá-lo, Ecclestone completará 78 anos em outubro.

Mosley, aos 68 anos, se não deixar a presidência da FIA dia 3 de junho, quando será julgado na assembléia da entidade pelo escândalo em que se envolveu, não passa de outubro de 2009, prazo para o término do mandato. A Fórmula 1 está próxima de apresentar ao mundo seus novos dirigentes. Possivelmente com novas idéias também.

FIM

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