Fórmula 1 espera iniciar uma nova era com Todt na FIA

23/X/09

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Por liviooricchio
Atualização:

Começou ontem, em Paris, uma nova era para o automobilismo. Jean Todt é o novo presidente da FIA. Com 73,3% dos votos válidos, 135 a 49, esse determinado, experiente e capaz francês de 63 anos, vencedor como navegador de rali e dirigente, ganhou a disputa eleitoral com o finlandês Ari Vatanen. Sai de cena o polêmico Max Mosley, inglês, 69 anos, na presidência da Federação Internacional desde 1991. O comentário de Todt, depois da vitória, dá bem o tom do seu estilo de administração: "O êxito que obtive até hoje decorre do fato de colocar as pessoas certas no lugar certo para formar uma grande equipe."

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Ao contrário de Mosley, que fez campanha explícita para Todt substituí-lo, o francês, um dos maiores responsáveis pelo sucesso histórico da Ferrari de 1999 a 2006, delega mais responsabilidades. "Todt tem uma característica rara: concilia interesses como nunca vi", afirmou o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, no auge das conquistas. O italiano mantém-se no cargo e trabalha, também, como presidente da associação das escuderias de Fórmula 1 (Fota). Ontem elogiou Todt, apesar de ambos terem se desentendido há três anos: "Sob a direção de Todt a FIA será rejuvenescida e iremos dispor de uma atmosfera aberta ao diálogo construtivo." Os dois brigaram feio na Ferrari.

Durante sua campanha, Todt defendeu redução nos custos da Fórmula 1 e anunciou maior transparência nos julgamentos. "Teremos um delegado para cada categoria e vamos criar um comitê de disciplina para esclarecer eventuais conflitos ou escândalos, a fim de reduzir as pressões sobre o Conselho Mundial." Diferentemente de Mosley, no entanto, a tendência é Todt tomar decisões que expressem os interesses da maioria. E a FIA não é só automobilismo esportivo. A entidade reúne 221 automóveis clubes representantes de 100 milhões de motoristas de 132 países. O novo presidente deseja maior integração com eles.

O dirigente agradeceu Pelé, por carta, pelo apoio a sua candidatura. A Associação Automobilística do Brasil (AAB) votou também em Todt e esteve representada na eleição por seu presidente, Alceu Vasone e o vice, Tamas Rohonyi, promotor do GP do Brasil de Fórmula 1.

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