Mais um para a coleção do Muro dos Campeões: Vettel

10/VI/11

PUBLICIDADE

Por liviooricchio
Atualização:

Livio Oricchio, de Montreal

Olá amigos!

Estava há pouco atrás da grade, próximo ao Muro dos Campeões, quando, de repente, quem bate lá também, para aumentar as estatísticas? Sebastian Vettel.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Que eu vi, lembro-me de Jacques Villeneuve, Damon Hill e Michael Schumacher, todos campeões do mundo, e todos se acidentarem no mesmo muro, daí ser conhecido, agora, como Muro dos Campeões.

Vettel entrou na lista. Aliás, é a segunda vez na temporada - o GP do Canadá é o sétimo do calendário - que o alemão compromete sua sexta-feira por se acidentar. Na Turquia, sob chuva, destruiu o carro na saída da curva 8. Aqui, como sua velocidade era bem menor, os estragos no RB7 foram reduzidos. Deve participar da sessão da tarde. Tirei essa foto, depois de pedir ao cameramen para subir na sua plataforma. Gentilmente me autorizou. Assim, fiquei sem a grade na frente.

Publicidade

O Muro dos Campeões é aquele posicionado na área externa na entrada da reta dos boxes, na desafiadora chicane. Fui ver como os pilotos percorrem o trecho com os pneus Pirelli quando Vettel travou a roda dianteira direita na freada do fim da reta e comprometeu sua trajetória na chicane. Há uma zebra lá que te catapulta.

Ao observar a barreira de pneus protegida por uma manta grossa de borracha, agora, me meio à mente o grave acidente de Oliver Panis, com Prost, na edição de 1997 da corrida neste mesmo circuito Gilles Villeneuve. Panis perdeu o controle do carro na curva 5, contornada com o acelerador no curso máximo, em quinta marcha, a cerca de 230 km/h. Bateu na proteção de pneus, não revestida da manta.

Como não havia a manta, a frente da Prost de Panis entrou entre os pneus e o monocoque dobrou, causando a fratura das duas pernas do francês. Desde então, Charlie Whiting exige a manta à frente das barreiras de pneus. Funciona bem.

Nesse momento, 12h20, para mim, está em curso um treino com carros antigos de Fórmula 1. É de emocionar. Todos impecáveis, pertencentes a colecionadores, tal qual os modelos originais em todos os detalhes.

Vejo a Ferrari 312T3 com que Gilles Villeneuve venceu a corrida, aqui mesmo, em 1978, sob chuva intensa, a Lotus 79, o monoposto mais lindo que já vi na Fórmula 1, campeão do mundo com Mario Andretti, em 1978, uma Shadow DN5 incrível. O mesmo modelo que em 1975 voou em Interlagos, estabelecendo a pole position e liderando até quebrar, no fim, e permitir a única vitória de José Carlos Pace, com Brabham. Ano passado fui ver esses carros de perto, no seu paddock. É extraordinário. Seus donos os preservam com a máxima fidelidade.

Publicidade

Assisti-los correr neste circuito, como farão amanhã, assusta um pouco, considerando-se sua segurança. E o pessoal manda ver, aceleram mesmo. Só evitam os toques porque reconstruir esses monopostos é difícil e custa caro.

Volto daqui a pouco com mais informações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.