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Profissão piloto: proibido errar

Por liviooricchio
Atualização:

20/III/08 GP da Malásia Livio Oricchio, de Kuala Lumpur

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Início Erros de pilotagem. Essa foi a marca registrada na etapa de abertura do Mundial, domingo, na Austrália. Na próxima madrugada será disputada a sessão classificatória do GP da Malásia, no circuito de Sepang, segunda prova do campeonato.

A previsão indica elevada possibilidade de chuva o que, se confirmada, aumenta as chances de novos equívocos. Como reagem os pilotos que na corrida anterior comprometeram seus resultados por falha própria e qual a reação de suas equipes?

O treino que definirá o grid começa às 3 horas, horário de Brasília, 14 horas em Kuala Lumpur, com transmissão ao vivo pela TV Globo. A meteorologia aponta que choverá. Os times, de fato, esperam chuva, mas um pouco mais tarde, o que talvez faça com que haja pista seca.

Mas o que ontem ainda repercutia no autódromo era o número de erros dos pilotos em Melbourne, que resultaram no abandono ou perda de importantes colocações.

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Felipe Massa rodou sozinho ainda na primeira volta. "Claro que você pensa nisso, diante de qualquer condição negativa é assim, vê como pode fazer diferente, embora no nosso caso toda equipe teve um resultado negativo."

Seu companheiro, Kimi Raikkonen, campeão do mundo, esteve irreconhecível ao sair da pista duas vezes. Ontem o finlandês falou como encara a prova de Sepang: "Errar não é o fim da vida. Você nunca acha que vai cometer um erro, mas se acontece, vai para a próxima corrida e tenta fazer melhor."

Os dois não demonstravam nenhum sentimento, ontem, que os remetesse ao desgaste da Austrália. Pelo contrário, estão seguros de que a Ferrari será muito distinta na Malásia. "Descobrimos o problema que causou a quebra dos motores e sabemos que nosso carro é muito rápido. Tenho certeza de que vamos brigar com a McLaren."

Como não poderia deixar de ser, foi questionado pela imprensa internacional a respeito da reportagem da revista Autosprint. A publicação italiana publicou que Sebastian Vettel o substituirá na Ferrari em 2009. "Uma história tão estúpida como essa não vai mudar minha vida."

Até o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, pronunciou-se a respeito, na Itália. "Acabei de me tornar avô e vou providenciar um contrato para o meu neto também", expressou, para desmentir a informação. E Gerhard Berger repetiu o que vem dizendo: "Antes do fim de 2010 Vettel não deixa a Red Bull." E ainda afirmou que o piloto não tem mais nenhum vínculo com a BMW, de quem foi piloto de testes.

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O assessor da Ferrari, Luca Colajanni, falou dos erros inesperados de seus pilotos no circuito Albert Park: "Eles os admitiram. Nós os conhecemos muito bem. Toda equipe discute o que pode ser feito para que não voltem a ocorrer".

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Disse ainda que os dois abandonaram a primeira corrida porque um problema no sistema de alimentação de gasolina gerou a quebra de uma válvula nos dois motores. Unidades novas já chegaram modificadas da Itália.

Nelsinho Piquet também teve um fim de semana frustrante, na estréia, e agora, na Malásia, acredita que as coisas possam ser diversas. "Agora sei melhor como tudo funciona, sinto-me bem mais preparado e confiante."

Andou pouco nos treinos e enquanto esteve na pista ocupou sempre as últimas colocações. "Refleti sobre o que deu errado e o que preciso rever. No dia seguinte minha cabeça já estava aqui, esqueci tudo o que passei lá."

O erro de Rubinho na abertura do Mundial, não ver o sinal vermelho na saída de box, gerou uma reunião, ontem, com o delegado de segurança e diretor de prova, Charlie Whiting.

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"Discutimos meia hora como tornar essas luzes mais visíveis e estudar novo posicionamento, a fim de que também a equipe possa vê-la para instruir seus pilotos", contou. Apesar de ter chegado em sexto e depois acabou desclassificado, comentou ser realista. "A Honda ainda não está nesse nível."

FIM

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