Que bom que a Fórmula 1 está de volta

22/VIII/11

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Por liviooricchio
Atualização:

Amigos, esse é o texto de minha coluna na edição desta segunda-feira do Jornal da Tarde

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  Domingo tem GP de Fórmula 1. Bélgica. A interrupção no meio do campeonato é necessária. Nem todos têm consciência do quanto os deslocamentos constantes, por vezes a nações bem distantes, submetem os profissionais do evento a elevado desgaste. E há, claro, a solicitação procedente dos integrantes das equipes conviverem com seus filhos durante as férias escolares. No fim do ano, com a pressão de concluir a construção dos modelos da temporada seguinte, não é possível atendê-los.

  Tudo verdade. O que não quer dizer que não sinta falta da Fórmula 1. Quarta-feira viajo aqui de Nice a Frankfurt e de lá, com carro alugado, para Robertville, já na Bélgica, cerca de 260 quilômetros, onde me hospedo numa bonita casa alugada, no meio da cadeia de montanhas das Ardenas, junto de outros colegas. Foi por lá que as unidades blindadas alemãs passaram para surpreender os franceses ao invadir o país, na Segunda Guerra Mundial.

  Através de uma estradinha no meio rural, em 20 minutos chego ao estacionamento de imprensa no circuito Spa-Francorchamps. Paramos o carro do lado esquerdo da famosa curva Eau Rouge, pouco atrás da arquibancada. No meu blog irei colocar fotos de Robertville e do autódromo, a partir de quinta-feira.

  A edição deste ano do GP da Bélgica registra o 20.º aniversário da estreia de Michael Schumacher na Fórmula 1, no dia 25 de agosto de 1991. Foi um marco para a história da competição. Schumacher quebraria quase todos os recordes de performance da Fórmula 1. Seus números são os melhores de todos os tempos.

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  Os carros que irão deixar os boxes, sexta-feira, às 10 horas, 5 horas de Brasília, serão bem distintos dos que largaram dia 31 de julho no GP da Hungria. Mas como, as equipes não estão de férias? Da etapa de Budapeste à de Spa, o acordo entre os times estabelece que devem escolher quinze dias seguidos para manter suas sedes fechadas. A McLaren e a Sauber optaram pelo período de 1 a 14, enquanto Ferrari, Mercedes, Toro Rosso, Virgin e Hispania, de 8 até ontem. As demais não informaram.

  Sede fechada não quer dizer que ninguém exerça atividade alguma fora dela. Parte dos mecânicos de fato aproveitou as férias. Mas a área de projeto trabalhou em ritmo até mais acelerado. É por essa razão que os carros vão para os espetaculares 7.004 metros de Spa cheio de novidades.

  Por não ter bola de cristal, não dá para saber o que vai acontecer nas oito etapas restantes da temporada. Mas se tivesse de apostar, baseando-me em como cada escuderia terminou a primeira fase do Mundial, colocaria mais fichas no avanço de McLaren e Ferrari que Red Bull, ainda que as características de Spa, com suas curvas longas e velozes, sejam excepcionais para o modelo RB7 de Sebastian Vettel e Mark Webber.

  Faz sentido acreditarmos num fim de campeonato com lutas regulares pelo primeiro lugar entre Red Bull, McLaren e Ferrari. Mas diante da expressiva vantagem de Vettel na classificação, resultado da competência da Red Bull e de sua pilotagem, o risco de perder o bicampeonato é mínimo.

 

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