Foto do(a) blog

Basquete, basketball, baloncesto...

Adepto do Método Busquet, preparação de Scola teve isolamento de quatro meses

Pivô treinou sob supervisão de três profissionais em sua fazenda em Castelli antes de brilhar no Mundial

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

A Argentina está na final do Mundial da China e todos aplaudem o desempenho da equipe, em especial o de Luis Scola. Dono de duas medalhas olímpicas, o jogador de 39 anos liderou o time com atuações exuberantes até aqui. Resta o jogo de domingo, diante da Espanha. As boas atuações são consequência de muito trabalho.

O pivô se preparou, e muito, para o torneio. O primeiro passo foi levar o preparador físico, Marcelo López, para trabalhar com ele na temporada que fez pelo Shanghai Sharks, da China. Scola queria seguir um plano diferente do que realizou nos últimos anos para se manter em forma.

Scola foi decisivo diante da França. Foto: Greg Baker/AFP

PUBLICIDADE

Depois disso, ao final da temporada chinesa, Scola se isolou em sua fazenda em Castelli, cidade que a 186km de Buenos Aires. Foram quatro meses treinando com três profissionais, com atividades todos os dias às 6h da manhã, no ginásio de sua propriedade. Tudo isso antes de se apresentar ao técnico Sergio Hernandez para os treinos com o grupo que disputou o Pan-Americano de Lima e agora o Mundial.

Além disso, há alguns anos, Scola se tornou adepto do Método Busquet, que avalia dinamicamente as cadeias musculares pela íntima relação do sistema muscular com os outros sistemas do corpo. É possível detectar os processos adaptativos não eficientes que o corpo está gerando para se reequilibrar. A terapeuta Yolanda Santiuste Blázquez é que cuida deste trabalho.

[embed]

Publicidade

[/embed]

Além disso, dentro de quadra, Scola adotou um estilo de jogo diferente, um pouco mais longe da cesta, sem abrir mão, claro, de infiltrações. Desta maneira, o pivô recebe menos contato dos adversários e fica mais inteiro para decidir com arremessos de fora. Não à toa, registrou 75% de aproveitamento nas bolas de três (3/4) na vitória diante da França, pela semifinal.

No Mundial, o pivô soma médias de 19,3 pontos e 8,1 rebotes. O aproveitamento nos arremessos de quadra é de 46,9% (45/96), sendo 47,2% nas bolas de dois pontos (34/72) e 45,8% dos três (11/24). Scola tem ainda 85% nos lances livres (34/40).

Neste domingo, Scola terá mais uma oportunidade de chocar o mundo, como fez em 2004, ao lado da 'Geração de Ouro' da Argentina, ao ser campeão olímpico. A Espanha será um adversário duríssimos, mas aprendemos que não é bom duvidar dele.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.