O que o Bauru precisar fazer para superar o Real Madrid na final do Mundial de Clubes (Copa Intercontinental)? A resposta está na ponta da língua do experiente pivô Rafael Hettsheimeir: "só com duas partidas perfeitas".
A verdade é que, mesmo jogando duas partidas perfeitas - nesta sexta-feira e domingo, no Ibirapuera -, ainda há chance de o time brasileiro fracassar. Apesar de perder cinco jogadores em relação ao time campeão europeu na última temporada, o Real Madrid é uma equipe fortíssima.
Basta ver que cinco jogadores (os armadores Sergio Llull e Sergio Rodriguez, o ala Rudy Fernandez e os pivôs Felipe Reyes e Willy Hernángomez) estavam na seleção da Espanha, que foi campeã do EuroBasket no último sábado e garantiu vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O elenco merengue conta ainda com o ala Jonas Maciulis, da Lituânia, que também estava na final do EuroBasket e estará por aqui em 2016, e o experiente André Nocioni, destaque da Argentina na Copa América. O campeão olímpico também vai participar da Olimpíada do ano que vem.
O Real Madrid contratou ainda o norte-americano Trey Thompkins e o sueco Jeffery Taylor, ambos com passagem pela NBA. Outro jogador com experiência na maior liga do mundo é o pivô mexicano Gustavo Ayón, que costuma ser dominante no basquete Fiba.
Tudo isso sob o comando de Pablo Laso, treinador que está no clube desde 2011. O trabalho sólido fez com que o Real Madrid encerrasse um jejum de 20 anos na Euroliga e retomasse lugar de destaque no basquete europeu.
Hettsheimeir tem razão. Bauru precisa de duas partidas perfeitas. O problema é que time, campeão de quase tudo na temporada passada - perdeu apenas o NBB para o Flamengo - há tempos não consegue se exibir no mesmo nível.
A missão da equipe do técnico Guerrinha realmente é ingrata. Pelo adversário que terá pela frente e principalmente pelo que está jogando atualmente.