A final do Novo Basquete Brasil que começa no próximo sábado coloca de um lado o Flamengo, com um projeto consolidado, que tem vida própria e caminha de maneira independente do futebol, e do outro o São Paulo, que ainda precisa ganhar status para não correr o risco de ser desfeito.
O Flamengo chega para mais uma decisão de NBB (agora são oito) e pode conquistar o sétimo título. A equipe rubro-negra foi derrotada apenas uma vez, por Brasília, na temporada 2009-2010. É também o atual campeão, já que, em 2019-2020, o torneio não foi finalizado por causa da pandemia do novo coronavírus.
O investimento é alto, mas o time é autossuficiente economicamente. Não depende do dinheiro do futebol para montar um elenco forte e ter uma comissão técnica de nível elevado, encabeçada pelo treinador Gustavo de Conti.
Não à toa são 31 jogos de invencibilidade, incluindo NBB, Copa Super 8 e Champions League Américas. A última derrota foi para o Corinthians, por 83 a 69, no dia 29 de dezembro do ano passado.
Já o São Paulo chega para sua primeira decisão na primeira oportunidade. O debute no NBB foi justamente na edição que não terminou. A classificação para a final era considerada fundamental para que o basquete não seja engavetado. O investimento é alto e nem todos dentro do Morumbi morrem de amor pela modalidade.
O título do NBB, claro, vai evitar qualquer dúvida sobre a continuidade do projeto no patamar atual. O elenco do São Paulo é custoso. E o futebol sempre pede passagem se o clube tiver de escolher. O basquete ainda não caminha sozinho, ainda mais em temos de pandemia, sem público no ginásio.
Em quadra, o Flamengo é favorito por tudo que construiu ao longo da temporada e por ter chance de decidir em casa. A série melhor de cinco será toda ela jogada no Maracanãzinho.