O Flamengo era soberano no Brasil, mas sofria nos torneios continentais. Reformular o elenco campeão nacional seria loucura. Neto não pensou duas vezes para agir.
A primeira mudança, e talvez a mais importante, foi não renovar o contrato do armador Kojo, titular da equipe. Para ocupar esta importante função, Neto foi buscar o argentino Nicolas Laprovittola. Tiro certeiro. O ex-jogador do Lanús deu um novo estilo ao time. Kojo não era um armador nato, faltava recurso. Laprovittola, por outro lado, acima da média. Inteligente, dita o ritmo de acordo com que o jogo se apresenta ao time.
A saída de Caio Torres, MVP daquela final contra o Uberlândia, poderia ser traumática. Mas Neto e sua comissão técnica, mais uma vez, encontraram no mercado um jogador capaz de minimizar os efeitos da perda do pivô. O norte-americano Meyinsse garantiu continuidade na força do garrafão.
O terceiro importante reforço já estava no elenco. Recuperado de grave lesão no joelho, Marcelino Machado, aos 38 anos, continua jogando em alto nível. Não à toa, o ala foi eleito o MVP da Ligas das Américas. Marquinhos (outro que está jogando muito!) e Olivinha completam um quinteto poderoso, que foi capaz de conquistar o título mais importante da história do basquete rubro-negro.
Não podemos deixar de citar também o poder que vem do banco. Washam, Gegê, Shilton e Cristiano Felício... E ainda tem Benite, que sofreu uma lesão em novembro do ano passado e ainda não voltou.
O Flamengo foi concebido para conquistar o título da Liga das Américas e alcançou o objetivo. Agora é se preparar (e se reforçar) para disputar o Mundial Interclubes (Copa Intercontinental) contra o campeão da Euroliga.
A única certeza é que o ginásio do Maracanãzinho estará lotado para empurrar o time rubro-negro atrás de mais uma conquista.