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Solidário Golden State derruba LeBron James

Escolha de Andre Iguodala como MVP das finais personifica vitória do coletivo sobre o individual

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Atualização:

Andre Iguodala recebe de Bill Russell o troféu de MVP das finais (AFP) Foto: Estadão

É difícil apontar apenas um responsável pela conquista do Golden State Warriors. A própria NBA sofreu para escolher um jogador do time campeão para ser o MVP (jogador mais valioso) das finais, evitando dar o prêmio para LeBron James.

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O título da franquia da Califórnia após 40 anos (o último havia sido na temporada 1974-75) consagrou o espírito de unidade em detrimento do individual.

Claro que o campeão tem um astro, Stephen Curry, MVP da temporada regular, mas o armador é diferente de outros jogadores deste nível. Ele não fica melindrado em dividir os holofotes. Sabe o momento certo em que precisa brilhar com mais intensidade e quando é necessário contribuir para um companheiro assumir o papel de ator principal.

Curry foi decisivo na série com atuações consistentes e uma exibição de MVP no jogo 5 (37 pontos, sete rebotes e quatro assistências). Mas contou com contribuições significativas, ao longo do caminho, de Klay Thompson, Draymoond Green, Harrison Barnes, Leandrinho, David Lee e Andre Iguodala.

O último virou titular apenas no jogo 4, quando o Cleveland Cavaliers liderava por 2 a 1 e estava em um momento positivo na série, e foi eleito o MVP das finais. A escolha personificou o momento da virada, o triunfo do coletivo sobre o individual. LeBron, sozinho, não iria derrotar o conjunto do melhor time da temporada.

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Mérito também do técnico Steve Kerr. Cinco vezes campeão da NBA como jogador, o treinador foi corajoso (e humilde) ao aceitar uma sugestão de Nick U'Ren, auxiliar de apenas 28 anos, e sair da zona de conforto, mexendo na estrutura tática da equipe.

A troca de um pivô por um ala alterou o rumo da série. O Cleveland se perdeu diante de uma equipe mais dinâmica e o Golden State conquistou três vitórias consecutivas para chegar ao título.

A alegria de Andrew Bogut prova que ele não ficou triste de ser campeão no banco (AFP) Foto: Estadão

Andrew Bogut, que esteve em quadra quase que o tempo todo na temporada, assistiu do banco (não jogou nem sequer um mísero segundo no jogo 6) ao título. O australiano, obviamente, não ficou triste em ser campeão desta maneira.

O coletivo é mais importante do que o individual. O título do Golden State Warriors comprovou tal tese. Será o início de uma era de ouro na NBA?

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