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Os favoritos ainda são os mesmos de sempre

Apesar de alguns tropeços no início do ano, Djokovic, Nadal, Federer e Murray são os mais fortes candidatos ao título na Austrália

Por Mateus Silva Alves
Atualização:

A pressa, já dizia o sábio, é inimiga da perfeição. O tal sábio que proferiu semelhante sentença não foi Roger Federer, mas o suíço mostrou nesta sexta-feira que poderia ter sido. Aos fatos: Rafael Nadal está vivendo um início de temporada difícil. Depois de ser atropelado por Andy Murray em um torneio de exibição, o espanhol foi eliminado em sua estreia no ATP de Doha pelo alemão Michael Berrer, jogador que em condições normais ele derrotaria sem sustos. Depois, Novak Djokovic caiu no mesmo torneio diante do gigante croata Ivo Karlovic.

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Os apressados, então, concluíram que os chefões do circuito já não são mais aqueles e que os novos tempos chegaram, o que significa que haverá um campeão "exótico" no Aberto da Austrália, que terá início no dia 19 (noite do dia 18 para nós do Brasil). Aliás, isso não seria novidade, basta lembrar o título de Stanislas Wawrinka em Melbourne e o de Marin Cilic no Aberto dos Estados Unidos no ano passado. Mas, segundo Federer, apressado come cru e, além disso, erra suas previsões. Na análise do suíço, ele e os colegas de chefia Nadal, Djokovic e Murray ainda são os tais e não vão deixar a peteca cair. Ao menos não tão facilmente.

"Acho muito cedo para avaliar a temporada toda pelas derrotas de Rafa e Novak em Doha", disse Federer, para em seguida dar uma declaração certeira sobre os altos e baixos que eles vivem na carreira - são humanos, afinal de contas. "Não fomos mal porque deixamos nosso nível cair, apenas tivemos lesões."

É exatamente isso. Nadal e Murray tiveram muitos problemas físicos no ano passado, Federer sofreu bastante em 2013 e Djokovic também enfrentou seus percalços, embora menores do que os dos colegas. É ótimo que jogadores como Wawrinka, Cilic e Kei Nishikori, entre outros, tenham crescido tanto em 2014 e será muito bom se eles continuarem crescendo em 2015. Daí a dizer que os quatro chefões não são mais os favoritos ao título na Austrália, no entanto, vai uma distância enorme. Se nenhum dos quatro levantar a taça na Arena Rod Laver, o fato será mais uma vez uma grande surpresa.

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