PUBLICIDADE

Um fantasma assombra a chave feminina do Aberto da Austrália

Victoria Azarenka tem ranking baixo por causa das lesões que sofreu na temporada passada e não será cabeça de chave em Melbourne

Por Mateus Silva Alves
Atualização:

Há um perigo à solta na chave feminina do Aberto da Austrália. Um fantasma capaz de assustar até as jogadoras mais céticas. Um fantasma com nome, sobrenome e nacionalidade bem conhecidos: Victoria Azarenka, da Bielo-Rússia. Bicampeã do primeiro Grand Slam da temporada (2012 e 2013), a moça ocupa um lugar no ranking da WTA muito inferior à sua capacidade (41.ª colocação) e, por isso, não será cabeça de chave em Melbourne. Em outras palavras: poderá enfrentar qualquer jogadora na primeira rodada.

PUBLICIDADE

Serena Williams, Maria Sharapova, Simona Halep e Petra Kvitova, as quatro primeiras colocadas do ranking, devem estar preocupadas. Muito preocupadas. Afinal de contas, enfrentar Azarenka logo na estreia em um Grand Slam, quando todas ainda estão buscando ritmo de jogo, seria um pesadelo. Certamente elas vão acompanhar o sorteio da chave com muito mais atenção do que o normal.

É claro que Azarenka só está em posição tão difícil porque 2014 foi um ano desastroso para ela. Entre as várias lesões que sofreu na temporada passada, uma no pé esquerdo e outra no joelho direito. O melhor que ela conseguiu foi chegar às quartas de final do Aberto dos Estados Unidos, muito pouco para quem se acostumou a frequentar as decisões dos torneios mais importantes do circuito.

Em entrevista recente ao jornal The New York Times, Azarenka disse que se recuperou totalmente dos problemas físicos (e do fim do namoro com o cantor Redfoo, o que a deixou muito abalada) e que pretende voltar rapidamente ao seu devido lugar no mundo do tênis. "Nunca estive tão motivada quanto agora", disse a bielo-russa. É verdade que 2015 para ela não começou bem, com derrota na primeira rodada do WTA de Brisbane para a checa Karolina Pliskova, mas não importa. Azarenka tem os golpes, tem o físico e tem a mentalidade de uma grande campeã. E suas principais rivais no circuito sabem muito bem disso. Se pudessem, Serena, Sharapova e companhia pagariam um bom dinheiro para ver Azarenka bem longe delas na chave do Aberto da Austrália. Mas o máximo que elas podem fazer é rezar.

 

Publicidade

Enquanto o Aberto da Austrália não começa, Azarenka se diverte pelas ruas de Melbourne Foto: Estadão
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.