O Fluminense tem uma equação à mesa. A equação Ronaldinho Gaúcho. Vice-colocado do Campeonato Brasileiro, apenas dois pontos atrás do Atlético Mineiro, o clube do Rio de Janeiro se candidata rodada a rodada à condição de postulante ao título. O quinto de sua história. E agora contrata um jogador que pode lhe dar definitivamente esse status.
É indiscutível a qualidade técnica de Ronaldinho. Também é inegável sua condição de catalisador dos anseios da arquibancada. Ronaldinho, não custa frisar, é craque de hoje, de ontem e assim o será até quando pendurar de vez suas chuteiras.
Portanto, é claro que o seu desembarque qualifica tecnicamente esse competitivo time de Enderson Moreira, que tem sido extremamente competente no comando do Flu. Competente na escolha dos jogadores, no esquema tático e principalmente adequando o seu time à realidade de cada jogo, de acordo com a característica adversária.
Ou seja, em tese, Ronaldinho Gaúcho chega para azeitar de vez o time. Um meia para municiar a velocidade desse promissor garoto Gerson e Marcos Junior, além da referência adiante Fred. No papel, tem tudo para dar certo!
Mas o futebol tem lá das suas. É preciso, por exemplo, entender como vai desembarcar Ronaldinho e como será recebido pelo elenco Tricolor. Existirá ciúme entre os atletas? E o papel de protagonista? A quem pertencerá o papel de protagonista?
Isso posto, eis que surge o desafio. O desafio de gerenciar toda e qualquer rusga. Algo que vai recair sobre Enderson Moreira, é claro!
Em outras palavras, agora, o bom desempenho do time depende muito mais da recepção dos demais jogadores do que efetivamente do desempenho de Ronaldinho em campo.
Mesmo que o craque repita o futebol exibido no Flamengo, que esteve bem abaixo de seu desempenho no Atlético Mineiro, ainda assim Ronaldinho, se bem aceito pelo grupo, já dará uma mão à caminhada Tricolor em direção ao quinto título.