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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Portuguesa e a sua luta pela sobrevivência!

No próximo domingo, a Lusa vai receber o Tombense pela última rodada do Brasileiro da Série C e depende de uma vitória para passar à próxima fase da competição.

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Por Maurício Capela
Atualização:

Um tombo. Um não! Foram dois tombos. Seguidos, diretos, que potencialmente ainda poderão levar à lona um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, a Portuguesa.

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Esquecida, endividada, receosa em perder o seu maior bem, o Estádio do Canindé, a Portuguesa teimosamente, talvez pensem alguns, sinaliza que deseja viver. E mais! Que pretende recuperar o terreno perdido e se reerguer.

Mas os tempos da bola de hoje são dias hostis aos Leões do Canindé. Mundo afora, inclusive no Brasil, o futebol foi encaixado na lógica de entretenimento, em que  jogadores têm viés de celebridade e em que camisas angariam índices de audiência. Um cenário para lá de desconfortável à Associação Portuguesa de Desportos, pelas óbvias razões.

Portanto, domingo, 4 da tarde, quando os jogadores subirem àquela meia dúzia de degraus que separam o acesso ao relvado e se depararem com o Canindé, eles não vão estar apenas entrando para mais um jogo. Ainda que seja uma partida decisiva. Não! Também não estarão fazendo história pura e simples.

Porque não se trata de história pura e simples. Trata-se simbolicamente de resgate. Sim, o resgate da Lusa do Canindé!

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Em outras palavras, domingo não terá o mesmo peso histórico do time campeão paulista em 1973 e nem daquele que faturou a Taça San Izidro na Espanha em 1951. E tampouco o que conquistou a Tri Fita-Azul ou Brasileiro da Série B recentemente. Não!

Os onze ali escalados, além de escreverem seu próprio nome na epopéia Rubro-verde na Série C, terão sob seus ombros o peso de resgatar o suor deixado dentro de campo de alguns mitos do futebol brasileiro, como Brandãozinho, Badeco, Enéas, Djalma Santos, Dener, Candinho,Capitão,Otto Glória,Oswaldo Teixeira Duarte, que empresta seu nome ao estádio, e muitos outros.

Em caso de eliminação para o Tombense, pela última rodada da primeira fase do Brasileiro da Série C, talvez, a vida não ofereça nova chance à Associação Portuguesa de Desportos.

Talvez a vida ainda seja mais cruel e obrigue sua torcida a assistir, sem nada poder fazer, o endividamento tomar conta do clube até que seu patrimônio seja leiloado, suas glórias sejam esquecidas e sua história não passe de uma lembrança para quem viu uma Portuguesa olhar de soslaio o título de campeã brasileira em 1996.

Ou seja, claramente, domingo não será mais um jogo. Será o jogo! E um novo tombo guarda potencial de fatalidade à Associação Portuguesa de Desportos.

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