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Tabelinha entre tática, opinião e informação

Pratto cheio!

Apresentação do argentino amplia opções táticas do São Paulo e coloca o time em um patamar de competição na temporada 2017.

Por Maurício Capela
Atualização:

O São Paulo está longe de ser o clube com os maiores recursos à disposição. Foi-se o tempo - ele pode voltar, sempre -, que o Tricolor do Morumbi esbanjava em contratações nababescas, de grande impacto. Mas mesmo com parcos recursos o São Paulo deu um jeito. E trouxe o atacante argentino Lucas Pratto.

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Técnico, dono de boa mobilidade entre os zagueiros e letal como atacante, Pratto é a cereja do bolo que faltava a este insinuante e interessante São Paulo versão 2017. O Tricolor do agora técnico Rogério Ceni é um time que gosta da bola. Gosta de ter a bola em seus pés. E acredita que não tê-la é um desperdício.

Mesmo na derrota diante do Audax ou na acachapante vitória contra a Ponte Preta, a bola esteve à mercê de pés tricolores. O São Paulo de Thiago Mendes, Cícero e de João Schmidt é um time que valoriza o passe, o passe curto. A inversão de jogo existe, desde que ela passe pelo meio de campo. E é desta maneira que se constrói grandes times no futebol mundo afora, valorizando a bola no meio de campo.

Pratto, portanto, com todos os recursos já apontados acima, só tende a ampliar a força do São Paulo. Inteligente, o argentino pode normalmente e naturalmente trocar de posição com Cueva, e transformar o rápido atacante em jogador de referência, enquanto ele, Pratto, incrementa a criação no meio de campo da equipe.

Em outras palavras, abre-se um leque de opções táticas que, até então, Rogério Ceni não possuía. Não tinha, porque Gilberto, mesmo tendo boa mobilidade, não faz trocas de posicionamento com Cueva, por exemplo.

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Agora, depois da atuação de Gilberto, o torcedor se entreolha e pergunta? Caberiam Gilberto e Pratto ao mesmo tempo no time? Perfeitamente. Basta Pratto assumir a condição de balanceador no meio de campo e Gilberto manter a velocidade demonstrada no fim do primeiro tempo e na segunda etapa diante da Ponte Preta.

Portanto, o São Paulo versão "mito" tem cheiro de time bom, de time competitivo. O único senão é o elenco reduzido e as deficiências nas laterais do campo. Ali, Ceni vai precisar filosofar um pouco mais para encontrar a solução. Talvez, uma linha de três zagueiros - Maicon, Lugano e Caio -, como a usada na segunda etapa de ontem seja a solução possível para agora, mas não para o Brasileiro deste ano.

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